MPAM alinha atendimento humanizado para grupos vulneráveis em Fonte Boa

Reunião com Creas e Cras alinhou protocolos e fluxos de atendimento para a população LGBTQIAPN+, mulheres, idosos, crianças e adolescentes

Foto: Markus Spiske/Pexels

Com o objetivo de fortalecer a rede de proteção e alinhar políticas públicas voltadas a grupos vulneráveis, o Ministério Público do Amazonas (MPAM), por meio da Promotoria de Justiça de Fonte Boa, reuniu-se na última terça-feira (9) com representantes da assistência social do município. O encontro definiu novas estratégias para o atendimento à população LGBTQIAPN+, mulheres vítimas de violência, idosos, crianças e adolescentes.

A reunião estratégica, conduzida pelo promotor de Justiça Aramis Pereira Júnior, contou com a participação das equipes do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e do Centro de Referência de Assistência Social (Cras).

Combate à revitimização

Um dos pontos centrais do encontro foi o estabelecimento de um fluxo de atendimento humanizado. O objetivo é evitar a revitimização, impedindo que a pessoa violentada precise relatar o trauma repetidas vezes a diferentes órgãos.

Ficou acordado que o Creas e o Cras farão uma comunicação direta e imediata à Polícia Civil assim que identificarem casos de violência.

“É fundamental que a vítima seja acolhida e não precise repetir sua história diversas vezes, sofrendo nova violência institucional. A comunicação ágil com a polícia garante proteção mais efetiva”, destacou o promotor Aramis Pereira Júnior.

Avanços para a população LGBTQIAPN+

Durante a reunião, confirmou-se um avanço importante solicitado anteriormente pelo MPAM: a implementação efetiva do “Formulário Rogéria”. O instrumento já está sendo aplicado pelos órgãos de assistência de Fonte Boa e é essencial para a avaliação de risco e o registro adequado de ocorrências envolvendo a população LGBTQIAPN+.

Família acolhedora e estrutura

O Ministério Público reforçou a necessidade de busca ativa por famílias aptas ao cadastro no programa “Família Acolhedora”, que já existe no município.

Em contrapartida, após análise de dados técnicos e considerando o porte populacional de Fonte Boa, concluiu-se que a implantação de uma “Casa Acolhedora” (abrigo institucional) é inviável neste momento. O foco, portanto, será no fortalecimento do acolhimento familiar.

Educação e qualificação

Para prevenir a violência na base, foi firmado o compromisso de desenvolver um programa informativo nas escolas municipais. A intenção é disseminar conhecimentos sobre direitos humanos entre os estudantes, facilitando a identificação precoce de abusos.

Também foi identificada a necessidade de qualificação contínua do corpo técnico da assistência social, garantindo um serviço especializado. Para o MPAM, a informação e o preparo técnico são as principais ferramentas para que as vítimas reconheçam situações de risco e busquem ajuda.

 Por Sabrina Azevedo

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