Morte de Ricardo Boechat: relatório da FAB conclui falha de manutenção em helicóptero

Além da falta de manutenção, a FAB aponta no relatório que o piloto tomou atitudes equivocadas. (Foto: AP Photo/Andre Penner)

Uma sequência de falhas na manutenção provocou a queda do helicóptero que matou o jornalista Ricardo Boechat, em fevereiro de 2019. A conclusão parte de um relatório do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), da FAB.

O helicóptero caiu na Rodovia Anhanguera, no Rodoanel, em São Paulo, e bateu na parte dianteira de um caminhão que transitava pela via no dia 11 de fevereiro de 2019. Além de Boechat, de 66 anos, o acidente também matou o piloto e dono da aeronave, Ronaldo Quattrucci, de 56 anos.

A FAB aponta no relatório que o Quattrucci tomou atitudes equivocadas durante a pilotagem do helicóptero e que contribuíram para o desfecho. Ele também não teria verificado, de acordo com o Cenipa, se os instrumentos de bordo estavam funcionando perfeitamente. As informações são do portal G1.

Segundo o Cenipa, foram SEIS os fatores que favoreceram para a queda da aeronave:

  • Manutenção da aeronave
  • Atitude do piloto
  • Cultura organizacional da empresa – que pertencia ao piloto do helicóptero
  • Indisciplina de voo do piloto
  • Julgamento de pilotagem do comandante
  • Tomadas de decisão no momento da queda

Um dos pontos que o relatório se debruça é a respeito das falhas no compressor da aeronave, que não teve nenhuma atualização ou troca completa desde 1988. O compressor estava com peças vencidas no momento do acidente.

O tubo de distribuição de óleo da aeronave também ‘”estava com o calendário de troca excedido várias vezes”, segundo o Cenipa. “Não foi encontrado nem foi apresentado nenhum registro de revisão geral do compressor desde 1988”, apontou o relatório.

Outros fatores que contribuíram para a queda foram o desgaste anormal de algumas peças — o que levou à sobrecarga da aeronave e ao rompimento do eixo de ligação do rotor da cauda no momento da queda —, e a indisciplina por parte do comandante, que, segundo a FAB, realizou um voo de táxi aéreo sem ter autorização operacional para isso.

Tanto o piloto quanto o helicóptero não estavam autorizados a fazer voos de táxi aéreo – quando há o pagamento pelo trajeto.

Fonte: Yahoo

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