O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, comentou o atrito entre o governo federal e o Congresso Nacional decorrente da indicação de Jorge Messias ao Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro demonstrou convicção de que o desentendimento é “pontual” e que será resolvido em breve, defendendo o diálogo como solução.
A tensão surgiu após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicar o advogado-geral da União, Jorge Messias, para uma vaga no STF aberta pela aposentadoria do ministro Luís Roberto Barroso.
- Descontentamento do Senado: A escolha gerou insatisfação no presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre, que preferia o nome do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
- Acusações de interferência: O conflito se intensificou quando Alcolumbre acusou, neste domingo (30/11), setores do Executivo de tentarem interferir na sabatina de Messias no Senado.
Confiança na solução e defesa de Lula
Silveira expressou sua fé no diálogo para superar o impasse.
“Eu acredito sempre no diálogo, na busca pelos problemas reais da sociedade. Dialogar para construir maioria nas casas parlamentares é extremamente natural, e qualquer estresse que seja pontual, eu tenho absoluta convicção de que será resolvido para o bem do Brasil.”
O ministro também defendeu a autonomia do presidente Lula na condução das discussões políticas:
“Quem sabe a hora de o presidente Lula entrar em qualquer discussão é o presidente Lula, que teve 60 milhões de votos no Brasil, que é o líder dessa nação, que tem uma responsabilidade e uma experiência tremenda no trato com a coisa pública e na relação democrática com o Parlamento Nacional.”
Apoio a Rodrigo Pacheco para o governo de Minas
Alexandre Silveira, que já foi do mesmo partido de Rodrigo Pacheco (PSD-MG), assegurou que a indicação de Messias não afetou a relação entre eles. O ministro reiterou seu apoio a uma eventual candidatura de Pacheco ao governo de Minas Gerais:
“Se o ex-presidente e amigo Rodrigo Pacheco for candidato a governador de Minas, eu já deixei público que o apoiarei com todo entusiasmo, até porque reconheço seu valor como homem público, alguém que prestou relevantes serviços à sociedade brasileira, na defesa da democracia e dos valores republicanos.”
Entretanto, o senador Pacheco já havia sinalizado publicamente em outras ocasiões que não tem planos de disputar novas eleições.
“Eu nunca pensei em me eternizar na política. Há, inclusive, muitos pronunciamentos meus, desde quando entrei e deixei a advocacia, nos quais eu dizia que tinha uma data de entrada e também uma data de saída da política.”
