O Movimento Nacional Levante Mulheres Vivas realiza neste domingo (7) uma série de atos simultâneos em todas as regiões do país, como uma resposta direta à escalada da violência contra mulheres, contando com o apoio de parlamentares e diversos movimentos sociais.
O Amazonas junta-se ao levante nacional, reforçando a pauta urgente por segurança e justiça. As mobilizações no estado visam dar visibilidade à crise e pressionar por políticas públicas mais eficazes.
- Em Manaus, o ato central está marcado para as 17h00 (horário local) no icônico Largo São Sebastião. O movimento na capital amazonense busca cobrar o poder público por uma resposta mais ágil e estrutural, como a ampliação de delegacias especializadas e a agilização das medidas protetivas de urgência.
- Além da capital, a cidade de Parintins também confirmou sua participação no levante nacional, com uma concentração às 16h30 na Catedral (Centro).
A participação ativa do Amazonas reforça a pauta urgente do movimento: transformar a indignação em ação concreta e exigir o fim do machismo e da impunidade, garantindo o direito à vida de todas as mulheres.
Escala da violência e falhas na segurança
Os dados mais recentes sublinham a urgência das mobilizações. O Brasil registrou em 2024 o maior número de feminicídios da série histórica: 1.492 casos, segundo dados oficiais.
- O Instituto Sou da Paz aponta um aumento de 10,1% nos feminicídios em São Paulo entre janeiro e outubro, na comparação com o ano anterior.
- Somente na cidade de São Paulo, foram 53 crimes no ano, o maior número desde o início do monitoramento. Os assassinatos de mulheres em vias públicas no estado quase dobraram em relação ao ano anterior (de 33 para 48).
Especialistas alertam para falhas na atuação das forças de segurança, que deixam “brechas” para a violência avançar. O tema tem sido alvo de atenção nacional, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendendo uma campanha nacional para combater agressões e feminicídios.
Caso mais recente: militar carbonizada no DF
A gravidade da situação foi reforçada por um novo caso de feminicídio ocorrido na sexta-feira (5) no Distrito Federal. A militar Maria de Lourdes Freire Matos, de 25 anos, foi encontrada carbonizada nas instalações do 1º Regimento de Cavalaria de Guardas, em Brasília.
A Polícia Civil do DF informou que a vítima apresentava lesões compatíveis com agressão. Um jovem de 21 anos confessou ter desferido um golpe de faca no pescoço dela durante uma discussão, antes de provocar o incêndio.
Outros locais e horários dos atos deste domingo
As mobilizações acontecem em diferentes horários e capitais, buscando envolver a população em todas as regiões:
- São Paulo (SP): 14h, no Vão do Masp. Outras cidades paulistas como Campinas, Sorocaba, São José dos Campos (15h, no Largo São Benedito), Bauru, Botucatu, Ubatuba, Ilhabela e São José do Rio Preto também confirmaram participação.
- Brasília (DF): 10h, na Feira da Torre de TV.
- Rio de Janeiro (RJ): 12h, no Posto 5, Copacabana.
- Curitiba (PR): 10h, na Praça João Cândido (Largo da Ordem).
- Cuiabá (MT): 14h, na Praça Santos Dumond.
- Campo Grande (MS): 13h, no Aquário do Pantanal.
- Parnaíba (PI): 16h, no Parnaíba Shopping.
- Teresina (PI): 17h, na Praça Pedro II.
- Belo Horizonte (MG): 11h, na Praça Raul Soares.
- Porto Alegre (RS): 17h, na Praça da Matriz.
- Salvador (BA): 10h, na Barra (Cristo ao Farol).
- São Luís (MA): 9h, na Praça da Igreja do Carmo (Feirinha).
- Belém (PA): 8h, no Boulevard Gastronomia.
- Roraima (RR): 16h30, na Assembleia Legislativa.
