
Depois de uma potente circulação em São Paulo, a DJ e produtora cultural Koka, multiartista transfeminina de Manaus (AM), retorna ao Sudeste para integrar o lineup do Boiler Room São Paulo, no dia 1º de agosto, na Arca. Com essa participação, ela se torna apenas o segundo nome manauara a se apresentar em um evento da marca, uma das maiores plataformas globais de música eletrônica ao vivo.
A Relevância do Boiler Room
O projeto Boiler Room nasceu em Londres e revolucionou a forma como a música eletrônica é consumida no mundo: com transmissões ao vivo, pistas íntimas e foco total na música e nos artistas. Com um canal no YouTube de dar inveja, o projeto revelou e internacionalizou talentos underground pelo mundo inteiro e hoje é referência em curadoria, reunindo grandes nomes da cena global e local, promovendo experiências imersivas e autênticas. A edição brasileira, que acontece na Arca, em São Paulo, reafirma o país como uma potência da cena eletrônica contemporânea e, agora, abre espaço para vozes do Amazonas ganharem protagonismo também.
A Trajetória de Koka: Arte, Som e Ativismo
Koka é a voz da vez. Há mais de cinco anos atuando como DJ e produtora cultural em Manaus, ela construiu uma trajetória que mistura pesquisa musical profunda, energia de pista e ativismo cultural. Seus sets transitam por house, techno, electro, jungle e heartcore music, sempre criando atmosferas intensas e emotivas. Ao longo de sua carreira, passou por palcos como Mamba Negra 10 Anuxxx (SP), Infecta (AM), Virada Cultural de São Paulo (com Badsista & Friends), Gop Tun Festival 2025, além de gigs como Tezãozinho, Horny e Caldo Love.
Em abril deste ano, foi destaque no Gop Tun Festival, dividindo lineup com nomes como Ben UFO, Avalon Emerson, Hudson Mohawke e Omar Souleyman. Sua participação no evento fez parte da circulação nacional do coletivo Banana Frita em parceria com a agência Lado a Lado, ambos originais de Manaus e dos quais a DJ também é residente e agenciada. Em sua trajetória, carrega os coletivos Suja Rec (iniciativa travesti-periférica que impulsiona talentos na Amazônia) e K9999 rádio.
Além de seu trabalho solo, Koka é cofundadora da coletiva Úrsula, que desde 2018 ocupou espaços urbanos esquecidos de Manaus com música e arte, criando novas formas de vivência cultural na cidade. O projeto marcou não só o início da cena underground manauara, como se tornou referência e pioneiro para muitos amazonenses. Seu envolvimento nesses projetos reforça o papel de agente transformadora da cena eletrônica da Região Norte, onde corpos dissidentes constroem redes de resistência, criatividade e afeto.
Reconhecimento e Simbolismo
O convite ao Boiler Room representa não apenas o reconhecimento artístico, mas também um marco simbólico: o Amazonas, frequentemente invisibilizado nos grandes centros, segue pulsando, se renovando e transformando. Koka é uma de nossas manifestações mais potentes e ainda levará a bandeira do estado muito mais longe.
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