Lula confirma volta do Ministério da Segurança e sinaliza mudança dura contra o crime

Foto: Hugo Barreto/Metrópoles | @hugobarretophoto

A decisão de recriar o Ministério da Segurança Pública (MSP) em 2026 foi confirmada pelo presidente Lula durante a última reunião ministerial. O movimento estratégico ocorre após intensas conversas com especialistas no Palácio do Planalto sobre a necessidade de uma resposta federal mais robusta diante do avanço das organizações criminosas. O cenário atual, marcado por operações complexas como a que resultou em 121 mortes no Rio de Janeiro, acelerou a necessidade de uma pasta com foco exclusivo na área.

O governo também observa o cenário internacional, especialmente as articulações que envolvem a postura de Donald Trump nos Estados Unidos (EUA) em relação ao enfrentamento do crime organizado. Segundo o chefe do Executivo em sua fala no dia 17 de dezembro, o momento político não permite hesitações.

“O ano da verdade exige decisões importantes”, destacou o presidente aos seus ministros.

O foco na autonomia e na inteligência policial

Atualmente as atribuições de combate ao crime estão concentradas no Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). A avaliação interna é que a estrutura encabeçada por Ricardo Lewandowski está sobrecarregada, o que dificulta a agilidade em políticas de prevenção e inteligência. Com o desmembramento, o novo ministério poderá fortalecer o diálogo direto com estados e municípios.

Nos bastidores do governo, o nome de Andrei Rodrigues, atual diretor geral da Polícia Federal (PF), é o mais cotado para assumir o comando da nova estrutura. A escolha sinaliza uma prioridade técnica e operacional para a pasta que deve centralizar as grandes operações do país.

Detalhes sobre a nova configuração da segurança nacional

A recriação busca elevar a segurança ao centro da agenda política, tratando o tema como a principal bandeira do governo para o próximo ciclo. Abaixo estão os pontos fundamentais dessa reestruturação.

  • Especialização das forças: A nova estrutura permitirá que a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) tenham um comando focado exclusivamente em segurança e inteligência, sem a interferência de pautas jurídicas que hoje ocupam o Ministério da Justiça e Segurança Pública.
  • Integração federativa: O objetivo é criar uma rede de cooperação mais sólida entre o governo federal e as secretarias de segurança dos estados, facilitando o repasse de recursos e a troca de informações sigilosas.
  • Histórico da pasta: O Ministério da Segurança Pública já existiu formalmente em 2018 durante a gestão de Michel Temer, quando foi desmembrado via medida provisória para coordenar ações de enfrentamento à crise de violência na época.
  • Foco em 2026: O Planalto pretende usar a nova pasta como uma vitrine de resultados, buscando apresentar uma coordenação federal mais eficiente contra as facções que atuam em todo o território nacional.

Segurança como prioridade estratégica

A avaliação política é que a crescente cobrança da opinião pública por respostas coordenadas exige uma estrutura dedicada e com orçamento próprio. Ao elevar o tema para o primeiro escalão de forma isolada, o governo tenta retomar o protagonismo em uma área considerada sensível e decisiva para o futuro do país.

A expectativa é que a nova configuração garanta mais agilidade nas decisões e permita que o governo federal atue como um verdadeiro articulador nacional da paz pública. O fortalecimento de políticas de inteligência e a cooperação entre a Polícia Federal e demais órgãos será o pilar central desse novo momento da segurança brasileira.

Fonte: https://www.metropoles.com/colunas/paulo-cappelli/lula-diz-que-recriara-ministerio-da-seguranca-publica

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