Lideranças em queda, floresta em tora e mulheres em silêncio revelam o Amazonas real

Omar Aziz lidera, mas já tropeça no próprio fôlego

O senador Omar Aziz (PSD-AM) segue líder em todos os cenários da corrida pelo Governo do Estado. Mas liderar caindo também é liderança?

Em outubro Omar tinha 43%, em dezembro caiu para 42%. Parece pouco, mas quando Maria do Carmo (PL) sobe de 22% para 25% no mesmo período, o alerta vale: enquanto Omar anda, a concorrência corre.

Liderança com soro não é vantagem, é alerta médico.

Empate técnico é o novo “se Deus quiser”

No cenário com Capitão Alberto Neto (PL) Omar estaciona nos 38% de outubro a dezembro, enquanto o capitão avança de 34% para 35%.

O resultado é o empate técnico e político. Aquele “só não sou candidato se Deus não quiser” talvez precise de reforço, porque, pelo visto, o eleitor já está começando a querer outra coisa.

Economia verde, madeira marrom

Foto: Divulgação

Enquanto próceres do governo Lula discursavam na COP30 de Belém  sobre “transição verde”, o setor madeireiro do Amazonas faturava R$ 56,05 milhões até setembro de 2025,  praticamente o mesmo que todo o ano de 2024.

O crescimento foi da ordem de 38,77%. Coincidência ou milagre da motosserra sustentável? A floresta some, mas o faturamento aparece. Verde só no power point.

Fiscalização invisível, lucro seguro

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O polo madeireiro cresce justamente onde a fiscalização some, especialmente na BR-319. Trilhas ilegais, toras sem identificação e licenças ambientais sem CAR nem regularização fundiária.

Tudo documentado em periódicos internacionais. Aqui, silêncio institucional. Lá fora, vergonha acadêmica publicada com DOI.

Dizem que, por isso mesmo, se a BR estivesse toda asfaltada, haveria maior presença do Estado e mais estrutura de fiscalização. Mais um motivo para o asfalto chegar ao Trecho do Meio da rodovia.

Depois da tora, vem o fogo

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Segundo MapBiomas e estudos científicos, o roteiro na BR-319 é conhecido: entra a madeira ilegal, sai a floresta em pé, depois vem a queimada.

O desmatamento na área da BR quintuplicou após a estrada voltar a ser trafegável. Não é desenvolvimento: é especulação fundiária com CNPJ e fumaça no horizonte.

Desrespeito é regra, não exceção

Foto: Divulgação

Quase 59% das mulheres dizem se sentir menos respeitadas nas ruas. Dentro de casa, o índice ainda assusta: 39,9%.

O lugar que deveria ser abrigo virou extensão da violência cotidiana. E o mais cruel: só 6,3% registraram ocorrência. O silêncio ainda é imposto como política pública informal.

Machismo declarado

“Encostada”, passada de mão, cantada forçada, masturbação em público. Tudo isso aparece nos relatos envolvendo as mulheres, com destaque para ônibus, mototáxi e embarcações.

E ainda assim, 51,1% das vítimas acham que “não era necessário denunciar”. Em Manaus, o machismo não só fala alto — ele anda de ônibus lotado e se sente à vontade.

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