Legislativo da Venezuela quer controlar as redes sociais sob o governo de Maduro

Regime acusa plataformas como Twitter/X e WhatsApp de conspirarem contra o ditador

Nicolás Maduro - Foto: Fabio Rodriguez-Pozzebom/Agência Brasil

Sob o controle do ditador Nicolás Maduro, o Legislativo da Venezuela quer regular as redes sociais no país. Para colocar seu plano em prática, a Assembleia Nacional pretende reformar uma lei que frequentemente usa contra opositores. O regime acusa plataformas como Twitter/X e WhatsApp de conspirarem contra Maduro.

Jorge Rodríguez, presidente da Assembleia e figura central do chavismo, anunciou a reforma na segunda-feira 12. A iniciativa faz parte de um pacote que inclui também uma lei para regular ONGs e outra para “punir o fascismo”.

Legislativo age depois de Maduro atacar redes sociais na Venezuela

A decisão surge dias depois de Maduro intensificar ataques a plataformas como Twitter/X, WhatsApp e TikTok. Acusado de fraude eleitoral, o ditador é pressionado pela oposição e está isolado diplomaticamente. Com isso, ele aumentou as críticas às redes sociais, acusando-as de conspirar para um golpe de Estado.

Na última quinta-feira, 8, Maduro chegou a bloquear o Twitter/X no país por dez dias, alegando que o proprietário da plataforma, Elon Musk, seria coordenador de supostos ataques cibernéticos contra instituições venezuelanas.

“A Venezuela precisa regulamentar o funcionamento das redes sociais”, declarou Jorge Rodríguez, presidente da assembleia.

Ele avisou que “vamos nos dedicar nesse período de sessões à tarefa de aprovar um pacote de leis que [Maduro] solicitou para poder defender a nossa população das expressões de ódio social, do terrorismo e da disseminação de ideias fascistas e de ideias de ódio nas redes sociais.”

Ataques do regime contra ONGs

A Assembleia Nacional já aprovou em primeira discussão uma lei que regulamenta o financiamento das ONGs, frequentes alvos de ataques do governo. Uma outra lei visa a tornar partidos ilegais e multar empresas, organizações ou veículos de comunicação que financiem atividades ou divulguem informações que incitem aquilo que o regime classifique como “fascismo”.

“Muitas ONGs servem de fachada para o financiamento de atos terroristas”, afirmou Rodríguez, sem apresentar provas. “Vamos revisar a lei contra o ódio para incorporar os elementos relacionados à propagação de ódio nas redes sociais.

Fonte: https://revistaoeste.com/politica/sob-o-controle-de-maduro-legislativo-da-venezuela-quer-regular-redes-sociais/

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