
Sob crescente pressão internacional, Israel anunciou neste sábado (26) a retomada do lançamento aéreo de ajuda humanitária na Faixa de Gaza. Reino Unido e Emirados Árabes Unidos estão prontos para participar da iniciativa, que visa combater a fome que assola milhares de palestinos. O exército israelense informou que a entrega inicial incluiu sete pacotes com farinha, açúcar e comida enlatada.
Apesar da retomada da ajuda, a Defesa Civil de Gaza reportou a morte de 40 pessoas devido a bombardeios e disparos israelenses no mesmo dia. Um barco de ativistas pró-Palestina, carregado com suprimentos médicos e alimentos, foi interceptado por soldados israelenses próximo à costa de Gaza.
Desde o início da guerra contra o Hamas em 2023, Israel impôs um bloqueio total ao território, flexibilizado em maio, mas que ainda causa severa escassez de alimentos e medicamentos. A ONU e ONGs alertam para o aumento da desnutrição infantil e o risco de fome generalizada entre os mais de dois milhões de habitantes de Gaza.
Embora países como Emirados, Jordânia e França já tenham participado de operações de lançamento aéreo em 2024, muitos responsáveis humanitários, incluindo Philippe Lazzarini da UNRWA, consideram o método “caro, ineficaz e que pode até matar civis famintos”, defendendo o envio de ajuda por via terrestre.
A guerra foi iniciada por um ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023, que resultou na morte de 1.219 pessoas. Em resposta, a ofensiva israelense já causou pelo menos 59.733 mortes em Gaza, a maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde do Hamas.