
Por Juscelino Taketomi
A invasão do Iraque em 2003 foi apresentada ao mundo como uma resposta à ameaça de armas de destruição em massa, uma tentativa de neutralizar o regime de Saddam Hussein e conter o terrorismo global.
Contudo, as motivações por trás dessa operação militar têm sido amplamente questionadas, levantando hipóteses de uma agenda oculta muito além do que foi divulgado pelos Estados Unidos.
Teóricos como o escritor Cláudio Rosiere, com seu canal no Youtube, defendem a tese de que, além do interesse nos recursos petrolíferos do Oriente Médio, existiria uma motivação em explorar segredos ancestrais e artefatos arqueológicos, incluindo relíquias e registros de civilizações antigas, especialmente da Suméria.
Neste artigo sobre a manifestação de Rosiere, vamos destacar o impacto do ex-diretor do FBI, Ted Gunderson, e a análise crítica do documentário “Fahrenheit 9/11”, de Michael Moore, que também levanta questionamentos importantes sobre as reais intenções americanas.
A negligência com a segurança do Museu Nacional de Bagdá, que abrigava peças de valor histórico inestimável, e os relatos de saques organizados por militares americanos, levantam sérias dúvidas sobre a real preocupação dos Estados Unidos com a preservação do patrimônio histórico iraquiano.

Segundo Rosiere, o saque do Museu, que ficou sem proteção militar por dias após a invasão, foi algo criminoso e sintomático. Testemunhas afirmam que, antes do saque generalizado, unidades especiais americanas já haviam retirado artefatos valiosos em caminhões.
Segredos ancestrais e arqueologia Suméria
A Suméria, uma das primeiras civilizações da humanidade, situada onde atualmente é o sul do Iraque, é rica em lendas e mitologias que fascinam historiadores e pesquisadores curiosos.
Dentre os artefatos mais misteriosos atribuídos à Suméria, ressalta-se a tumba de Gilgamesh, o lendário rei-sábio cuja saga é retratada no épico de Gilgamesh, um dos textos mais antigos da literatura mundial.

Cláudio Rosiere diz que a invasão do Iraque foi também uma missão determinada a localizar e explorar esses tesouros arqueológicos, possivelmente com a finalidade de decifrar segredos ancestrais que poderiam impactar nossa compreensão da história.
Rosiere e outros teóricos sugerem que o governo dos EUA teria promovido uma operação para identificar e recolher objetos arqueológicos que poderiam conter registros sobre civilizações antigas, tecnologias perdidas e até mesmo indícios de contatos extraterrestres.
A alegação é de que esses itens teriam imenso valor estratégico, oferecendo conhecimentos que poderiam alterar significativamente o status de potência dos Estados Unidos no cenário global.
Além das alegações envolvendo artefatos arqueológicos, o controle dos recursos energéticos do Oriente Médio, sobretudo o petróleo iraquiano, sempre foi uma das principais fontes de críticas à guerra.
Os Estados Unidos buscavam garantir sua influência em uma região chave para o abastecimento de petróleo, considerando que o Iraque possui uma das maiores reservas mundiais.

Conforme documentado em “Fahrenheit 9/11”, Michael Moore argumenta que a administração Bush usou a Guerra ao Terror como uma justificativa conveniente para aumentar sua presença no Oriente Médio, garantindo não apenas o acesso ao petróleo, mas também a instalação de bases militares estratégicas para monitorar e influenciar toda a região.
O trabalho de Ted Gunderson

Para Ted Gunderson, ex-diretor do FBI e notável investigador, a invasão do Iraque é uma história que precisa ser melhor contada pelo governo americano, pois incluiu operações clandestinas e investigações de manipulação política.
Embora Gunderson tenha trabalhado rigorosamente no campo da segurança interna dos EUA, ele chegou a declarar que interesses poderosos dentro do governo estavam ocultando informações vitais do público.
Ele investigou a fundo denúncias de práticas duvidosas que comprometeram tanto o FBI quanto outras agências de inteligência, sugerindo que algumas ações no Oriente Médio poderiam, de fato, estar relacionadas a agendas secretas, indo além das justificativas antiterrorismo e chegando até a questões de domínio econômico e cultural.
Gunderson afirmou que muitas vezes o governo promovia narrativas que justificassem intervenções militares. Ele também expôs possíveis conexões entre elites políticas e corporações ligadas ao setor de energia, que lucrariam com a estabilidade e controle americano sobre a produção de petróleo iraquiana.
Denúncias de Michael Moore
O documentário “Fahrenheit 9/11”, dirigido por Michael Moore, é uma das críticas mais contundentes à invasão do Iraque e às motivações do governo dos EUA.
Moore explora as relações entre a administração Bush e empresas do setor petrolífero, afirmando que a guerra foi conduzida para proteger os interesses financeiros e corporativos de um círculo de elites.
Moore aponta que a retórica da “Guerra ao Terror” foi usada para gerar um estado de medo, enquanto na realidade o governo estava mais preocupado em garantir seus interesses no petróleo.
O documentário expõe ligações entre a família Bush e empresas sauditas, especialmente a família Bin Laden, destacando que esses laços financeiros e políticos teriam pesado mais do que qualquer preocupação com armas de destruição em massa. Moore argumenta que essa “guerra fabricada” serviu como uma cortina de fumaça para os interesses econômicos dos EUA na região.
Falta um debate amplo

As evidências e teorias apresentadas por estudiosos como Cláudio Rosiere e documentaristas como Michael Moore, somadas às investigações de Ted Gunderson, colocam a invasão do Iraque sob uma perspectiva sombria e complexa.
A presença americana no Oriente Médio parece estar intrinsecamente ligada a uma série de interesses geopolíticos, econômicos e possivelmente até esotéricos que raramente são discutidos de maneira aberta, com seriedade e detalhada.
Levantar tais questões e pressionar por respostas nos parece fundamental para uma avaliação justa e transparente das políticas internacionais dos Estados Unidos. Um debate mais profundo sobre essas motivações ocultas, que incluem desde o controle de recursos naturais até a exploração de segredos antigos, poderá lançar luz sobre os efeitos duradouros dessas ações na estabilidade global.
As redes sociais são ferramentas prontas para ajudar muito nesse sentido.











