Fusões e aquisições na Região Norte recuam 22%, puxadas pela queda no Amazonas

Apesar disso, Pará, Amapá e Roraima registraram bom desempenho no período

Uma pesquisa realizada pela KPMG mostrou que o número de fusões e aquisições (M&A) na Região Norte do Brasil apresentou um recuo de quase 22% no acumulado de nove meses de 2025. Foram registradas 11 transações concretizadas entre janeiro e setembro deste ano, contra 14 no mesmo período de 2024.

Apesar da queda regional, o resultado foi puxado, principalmente, pelo estado do Amazonas, que teve uma redução de mais de 60% nas operações.

Desempenho por estado

Dos sete estados da Região Norte, cinco registraram movimentação de fusões e aquisições nos primeiros nove meses de 2025. O Amazonas foi o único a apresentar queda acentuada.

  • Amazonas: Registrou a maior queda, caindo de 11 transações em 2024 para 4 em 2025.
  • Pará: Apresentou o maior crescimento percentual, passando de 2 transações em 2024 para 4 em 2025, um aumento de 100%.
  • Amapá e Roraima: Ambos passaram de zero transação em 2024 para 1 em 2025.
  • Tocantins: Manteve-se estável com 1 negócio concretizado em ambos os períodos.
  • Acre e Rondônia: Não registraram operações nos dois períodos comparados.

Se considerarmos apenas o terceiro trimestre (julho a setembro), a queda na Região Norte foi ainda maior: as operações recuaram 40%, passando de cinco em 2024 para três em 2025.

Cenário nacional: estabilidade com alta de fundos

No cenário brasileiro, o número total de transações de M&A no acumulado de nove meses de 2025 (1.164 operações) registrou uma leve queda de 2,6% em relação a 2024 (1.196), indicando um quadro de estabilidade.

O terceiro trimestre de 2025 (com 425 operações) foi o melhor do ano no país.

  • Fundos de investimento: A participação de fundos de private equity e venture capital aumentou significativamente. Eles foram responsáveis por 566 transações (48,6% do total) em 2025, um aumento de mais de 13% em relação a 2024.

O sócio da KPMG, Paulo Guilherme Coimbra, analisou o cenário:

“A queda no número de fusões foi pequena e podemos considerar um cenário estável. Isso se deve ao contexto macroeconômico brasileiro que não está favorável, principalmente, relacionado à parte fiscal, assim como as taxas de juros brasileiras e mundiais… Por outro lado, aumentou a participação de fundos de investimentos no total de operações concretizadas.”

Sobre a KPMG

A KPMG é uma rede global de firmas independentes que presta serviços profissionais de auditoria, tributos e consultoria, presente em 142 países. No Brasil, possui mais de cinco mil profissionais atuando em 15 cidades, orientada pelo propósito de empoderar a mudança e gerar impactos positivos.

Ricardo Viveiros & Associados – Oficina de Comunicação (RV&A)

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