
O ex-ministro e ex-governador do Ceará, Ciro Gomes, comunicou à direção nacional do Partido Democrático Trabalhista (PDT) sua decisão de se desfiliar da legenda, após quase uma década de militância. A saída tem como objetivo a construção de uma candidatura de oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2026.
Decisão e novos rumos
Ciro Gomes formalizou seu desligamento entregando uma carta de desfiliação ao presidente nacional do PDT, Carlos Lupi. A notícia, publicada inicialmente pela Folha de S. Paulo, foi confirmada pelo GLOBO junto a fontes próximas ao político.
Agora, Ciro Gomes avalia a possibilidade de se filiar ao PSDB ou ao União Brasil. A mudança sinaliza seu claro interesse em se posicionar como uma voz de centro-direita e disputar a Presidência em um bloco contrário ao Partido dos Trabalhadores (PT) em 2026.
Reação do PDT
Apesar do comunicado formal de Ciro, dirigentes do diretório nacional do PDT afirmaram que o pedido de desfiliação ainda não foi registrado oficialmente. No entanto, consideram sua saída como uma “questão de tempo”. O presidente do partido, Carlos Lupi, não foi encontrado para comentar o assunto.
O histórico de Ciro no PDT
Ciro Gomes estava filiado ao PDT desde 2015 e foi o principal nome da legenda nas últimas duas eleições presidenciais:
- 2018: Obteve seu melhor desempenho pelo partido, o que foi considerado o melhor resultado do PDT desde a campanha de Leonel Brizola em 1989.
- 2022: Registrou seu pior resultado eleitoral, ficando com apenas 3% dos votos.
A última eleição também marcou um momento de enfraquecimento para o PDT na Câmara dos Deputados, com a bancada caindo de 28 para 17 parlamentares. A desfiliação de Ciro Gomes ocorre em um momento de redefinição estratégica tanto para o político quanto para o futuro do partido.