
A II Conferência Nacional do Trabalho – Etapa Amazonas reuniu nesta terça-feira (25) em Manaus representantes dos governos federal, estadual e municipal, além de lideranças de trabalhadores e do setor produtivo. O evento, sediado no Auditório Profº Arivaldo Silveira Fontes, no SENAI, estabeleceu o Amazonas como protagonista no debate sobre trabalho decente, transição tecnológica e políticas públicas.
A etapa estadual é considerada estratégica para a construção do documento que será levado à Conferência Nacional, marcada para março de 2026.
Valorização do diálogo e do trabalhador
A abertura do encontro contou com uma apresentação cultural do projeto Curumim na Lata e com falas de autoridades que reforçaram a importância da união de esforços.
O anfitrião institucional, Antonio Silva, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), ressaltou que o setor produtivo tem compromisso com o desenvolvimento do estado e o bem-estar social.
“Nós temos que valorizar as pessoas que fazem o trabalho, que fazem o Amazonas acontecer e que constroem o Brasil no dia a dia. Não existe crescimento econômico sem respeito ao trabalhador”, afirmou Antonio Silva.
A anfitriã do evento, Francinete Lima, superintendente regional do Trabalho no Amazonas, destacou o caráter histórico da etapa, simbolizando a retomada do diálogo social em nível nacional.
“Este é um momento histórico para o nosso Estado. Reafirmamos aqui o compromisso com um futuro mais justo, sustentável e digno para os trabalhadores”, disse Francinete Lima.
Gilberto Carvalho, secretário de Economia Solidária e Popular, enfatizou o valor democrático do processo: “Essa conferência é um exercício da democracia. Quanto mais a gente escuta, mais chance temos de acertar e construir um país mais justo”.
A Organização Internacional do Trabalho (OIT), representada pela Coordenadora do Programa de Cooperação Sul-Sul e Triangular, Fernanda Barreto, reforçou a relevância internacional do diálogo social brasileiro, afirmando que “o que está acontecendo no Brasil é único no mundo. Este diálogo social servirá de exemplo para outros países”.
Desafios e propostas no Amazonas
Ao longo do evento, foram apresentados diagnósticos detalhados sobre o trabalho decente no Amazonas. Os participantes se dividiram em grupos para discutir temas cruciais, como:
- relações de trabalho;
- qualificação profissional;
- inclusão produtiva;
- transição tecnológica.
A conferência reforçou que, devido às dimensões continentais do estado, à forte dependência da Zona Franca de Manaus e às realidades distintas entre áreas urbanas, ribeirinhas e rurais, as políticas públicas de emprego devem ser elaboradas considerando a territorialidade, inclusão e sustentabilidade.
As propostas aprovadas nesta etapa estadual serão consolidadas e integrarão o documento final que será levado à Conferência Nacional em março de 2026.
Entre as autoridades e lideranças presentes estavam:
- Henry Vieira, secretário executivo do Trabalho e Empreendedorismo do Governo do Amazonas
- Pedro Lima, diretor do Sine Manaus
- Ana Cristina, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB-AM)
- Mariana Barrella, gerente da Tutiplast
- Vereador Zé Ricardo











