
Por Guilherme Barbosa (*)
Durante muito tempo, jogar videogame era visto apenas como lazer, mas essa percepção vem mudando rapidamente. Hoje, os esports se consolidaram como um movimento capaz de gerar impacto social, criando oportunidades reais de renda, aprendizado e desenvolvimento para milhares de jovens.
O ambiente competitivo dos games ensina muito mais do que táticas e reflexos rápidos. Ele estimula habilidades que o mercado de trabalho valoriza cada vez mais: o pensamento estratégico, a colaboração, resiliência e comunicação. Para muitos jovens, o jogo é o primeiro contato com esses aprendizados e, também, o primeiro passo em direção a uma carreira.
Ao promover espaços de aprendizado, conexão e desenvolvimento competitivo, a comunidade ajuda a revelar e a preparar novos talentos para o cenário profissional. Com torneios acessíveis, iniciativas de capacitação e um ambiente colaborativo, jovens de diferentes regiões encontram oportunidades reais de crescimento dentro e fora do jogo.
Um bom exemplo dessa transformação é a história de Kaike “KSCERATO”, jogador profissional de Counter-Strike. Nascido em uma família simples, ele viu no jogo a chance de mudar de vida. Com dedicação, conquistou espaço em uma das principais equipes do país, o time FURIA, e o time recentemente chegou ao top1 mundial após uma sequência de campeonatos vencidos. Sua trajetória inspira muitos jovens que enxergam nos games não só a possibilidade de competir, mas também de construir uma carreira sustentável e legítima – e a oportunidade de melhorar a vida de suas famílias.
E não se trata apenas dos atletas: o ecossistema dos esports envolve criadores de conteúdo, narradores, técnicos, analistas, profissionais de marketing e gestão de comunidades. Cada nova competição ou projeto movimenta um conjunto diverso de talentos e gera novas oportunidades de capacitação e renda.
Mais do que um setor de entretenimento, os esports representam uma ponte entre tecnologia e futuro. Eles mostram que, com acesso e incentivo, o jogo pode ser muito mais do que diversão, pode ser um verdadeiro instrumento de transformação social.
(*) é diretor de parcerias da Gamers Club











