
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro protocolou um pedido urgente ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitando autorização para que ele deixe a prisão para realizar cirurgias. Além da intervenção médica, os advogados pleiteiam a concessão de prisão domiciliar humanitária.
Bolsonaro está detido na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde cumpre pena relacionada à trama golpista. A defesa argumenta que o atual ambiente carcerário apresenta riscos à saúde do ex-capitão, classificada como de “excepcional gravidade”.
O quadro de saúde
Segundo o documento apresentado ao STF, as cirurgias são necessárias para tratar um quadro persistente de soluços e o agravamento de uma hérnia inguinal unilateral.
Os advogados relatam que Bolsonaro tem se queixado de dores frequentes e desconforto na região inguinal. Esses sintomas estariam sendo potencializados pelo aumento da pressão abdominal intermitente, causada pelas crises de soluços.
A equipe médica responsável pelo tratamento do ex-presidente indicou, segundo a defesa, a necessidade de “imediata internação hospitalar”. A previsão é que os procedimentos e o período inicial de recuperação exijam uma permanência no hospital de cinco a sete dias.
Pedido de prisão humanitária
Com base nos laudos médicos e alegando risco à vida do ex-presidente caso ele permaneça nas dependências da Polícia Federal sem o tratamento adequado, a defesa solicita a conversão do regime atual para prisão domiciliar humanitária. O argumento central é a necessidade de cuidados contínuos que não poderiam ser prestados adequadamente dentro da unidade prisional.
Contexto da prisão
Jair Bolsonaro encontra-se preso na sede da PF em Brasília desde o dia 22 de novembro de 2025. A detenção ocorreu após a tentativa de violação da tornozeleira eletrônica que ele utilizava enquanto estava em prisão domiciliar.
Três dias após a detenção, em 25 de novembro, o ministro Alexandre de Moraes determinou o início do cumprimento da pena definitiva imposta ao ex-presidente pela participação na trama golpista, totalizando 27 anos e três meses de reclusão.











