
Uma pesquisa divulgada na quarta-feira revelou que 83% dos russos aprovam o governo de Vladimir Putin, o maior patamar desde setembro de 2017, ao mesmo tempo em que os números também mostram um grande apoio à intervenção militar na Ucrânia . Segundo os números do Instituto Levada, a principal instituição independente do setor na Rússia, a aprovação do presidente teve um salto de 12 pontos percentuais de fevereiro a março, justamente o período da guerra, enquanto o percentual daqueles que não aprovam sua forma de conduzir o país caiu de 27% para 15%.
A pesquisa aponta melhoras nos índices de praticamente todas as figuras públicas e instituições da Rússia: é o caso, por exemplo, da Duma, a Câmara Baixa do Parlamento, onde o número dos que aprovam suas atividades (59%) superou, pela primeira vez desde outubro de 2015, o dos que a reprovam (36%). Aqueles que acreditam que o país está no rumo certo somam 69% dos russos, o maior número registrado desde 1996, quando começou a série histórica do Levada.
A sondagem mostrou um alto grau de apoio dos russos à guerra na Ucrânia . Segundo os números, 53% dizem apoiar “de maneira firme” a operação militar, enquanto 28% apoiam “de forma considerável” e 14% não apoiam, com 6% dizendo não saber ou não querendo opinar.
Na análise, o Levada aponta que o apoio ao conflito é menor nas grandes cidades, como Moscou, e entre a população mais jovem: entre os que têm entre 18 e 24 anos, apenas 29% são a favor das ações russas na Ucrânia, enquanto entre os russos de mais de 55 anos, o percentual sobe para 64%.
O instituto listou as razões apresentadas pelos dois lados para justificar ou condenar a guerra. Os que são favoráveis à invasão apontam que a “operação militar especial” , nome oficial dado pelo Kremlin ao conflito, foi lançada para “proteger a população de língua russa” no Leste ucraniano (43%), para “impedir um ataque à Rússia” (25%), e para “colocar as coisas em ordem” (12%).
Já o os que desejam ver o fim do conflito citaram “a morte de civis” (43%) e a “interferência em um outro país” (19%) para justificar sua oposição à guerra iniciada no dia 24 de fevereiro.
Ao todo, foram ouvidas 1.632 pessoas com mais de 18 anos, de forma presencial, entre os dias 24 e 30 de março.
Fonte: https://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2022-03-31/guerra-ucrania-aprovacao-putin-dispara-russia-maior-nivel-quatro-anos-pesquisa.html











