Educação com peças de Lego abre caminho para alfabetização de crianças cegas

Professores recebem kits Lego e levam inclusão a um novo patamar em Manau - Foto: Ulisson Santos/ Semed

A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), deu um passo significativo para fortalecer a educação inclusiva na cidade. Em uma cerimônia na terça-feira (9), 41 professores receberam kits “LEGO Braille Bricks” após participarem de um curso de formação. O material inovador será usado para ensinar o sistema Braille de forma lúdica e acessível a crianças com deficiência visual.

A iniciativa, coordenada pela Gerência de Educação Especial (GEE), é resultado de uma parceria com importantes instituições, como a Fundação Dorina Nowill, a Fundação LEGO, a Universidade Estadual Paulista (Unesp) e a Universidade do Oeste Paulista (Unoeste).

O curso de 100 horas capacitou 49 professores da Educação Especial e do ensino regular. Eles agora estão aptos a usar os blocos de LEGO, que possuem saliências em alto-relevo que representam as letras e números do alfabeto Braille. Essa ferramenta foi projetada para apoiar a pré-alfabetização e alfabetização de crianças com deficiência visual na faixa etária de 4 a 10 anos.

Benefícios que Vão Além do Braille

Foto: Ulisson Santos/ Semed

Os “LEGO Braille Bricks” não apenas facilitam o aprendizado do Braille, mas também promovem a interação entre alunos com e sem deficiência visual, tornando a experiência em sala de aula mais divertida e integrada. “Essa iniciativa amplia as possibilidades de atuação pedagógica e garante que, ao final do curso, cada escola receba o kit, uma ferramenta adaptada que será utilizada nas salas de recurso”, afirmou a gerente de Educação Especial, Amanda Macanoni.

O diretor de Gestão Educacional da Semed, Anézio Mar, destacou o compromisso da gestão municipal com a educação inclusiva: “É mais uma ação para ampliar a inclusão na rede de ensino. A iniciativa reforça o compromisso da secretaria com uma educação cada vez mais inclusiva e integral”.

A professora Geisiane Oliveira, do Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Maestro Dirson Costa, ressaltou o impacto positivo para todos os alunos: “Isso nos permite avançar na inclusão das crianças com baixa visão, monoculares e cegas. Mas os benefícios não se limitam a elas: também alcança os alunos do ensino regular, que terão a oportunidade de aprender a soletrar brincando”.

Por Jorgiane Castinares/ Semed

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