O dólar, que fechou em R$ 5,75 na 3ª feira (5.nov.2024), abriu em disparada com a confirmação da vitória de Donald Trump na corrida eleitoral pela Presidência dos Estados Unidos. A moeda era cotada em R$ 6,02 às 9h27 desta 4ª feira (6.nov.2024), uma valorização de 4,7% sobre o fechamento da véspera.
A vitória de Trump provocou um aumento nos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA –os treasuries– diante da expectativa de que suas políticas mantenham as taxas de juros americanas em patamares elevados. A alta era esperada por analistas.
A disparada do dólar já acontecia mais cedo contra todas as principais moedas asiáticas, quando a disputa entre o republicano e a democrata Kamala Harris, vice-presidente dos EUA, ainda estava aberta. O fortalecimento do dólar foi impulsionado pela venda generalizada no mercado de títulos, enquanto operadores ajustavam as probabilidades.
Trump prometeu cortar impostos e impor tarifas sobre importações, o que aumentaria as pressões inflacionárias e poderia frear o ritmo de cortes nas taxas de juros do Federal Reserve.
A intensa disputa eleitoral elevou a volatilidade dos mercados, com fundos hedge e outros operadores entrando em posições conhecidas como “Trump trades” —apostando contra títulos dos EUA ou o peso mexicano— ao longo de outubro.
Os movimentos foram parcialmente reduzidos na última semana, quando Kamala Harris começou a apresentar bom desempenho nas pesquisas. A vitória do republicano também valorizou o Bitcoin. No Brasil, a criptomoeda sobe 14,96%.