Dólar abre semana em queda de 0,83%, a R$ 5,224; Bolsa sobe 1,85%

Foto: Sério Lima | Poder360

Após acumular alta de 1,59% na semana passada, o dólar fechou a segunda-feira (13) em queda de 0,83%, cotado a R$ 5,224 na venda, com investidores ainda avaliando se o recuo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nos ataques ao STF (Supremo Tribunal Federal) vai se manter nos próximos dias.

Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), registrou forte alta de 1,85%, alcançando os 116.403,72 pontos — depois de tombar mais de 2% na semana anterior.

Mesmo com os desempenhos de hoje, no acumulado do mês o dólar tem ganhos de 1% frente ao real, enquanto o indicador perdeu 2%. No ano, o cenário é semelhante, com alta acumulada de 0,67% para o dólar e queda de 2,20% no Ibovespa.

Na semana passada, Bolsonaro acendeu o alerta no mercado ao fazer discursos fervorosos contra os ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, do STF, durante manifestações de caráter antidemocrático e golpista de 7 de setembro.

No dia seguinte, no entanto, o presidente deu a impressão de ter recuado, esfriando o clima tenso com a divulgação de uma “declaração à nação” — redigida com ajuda do ex-presidente Michel Temer (MDB) —, em que afirmou nunca ter tido intenção de agredir qualquer um dos poderes, explicando que suas palavras, “por vezes contundentes, decorreram do calor do momento”.

Já no fim de semana, Bolsonaro voltou a usar palavras mais ponderadas ao falar numa feira agropecuária no Rio Grande do Sul. Na ocasião, ele disse que os Poderes precisam ser respeitados e que o trabalho conjunto deve beneficiar todos os brasileiros.

… E na inflação

A inflação alta também segue no radar dos investidores. A pesquisa semanal Focus, do Banco Central, mostrou hoje que o mercado passou a projetar alta de 8% do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) em 2021 — o que, por sua vez, elevou as apostas para os juros básicos da economia (Selic), hoje em 5,25% ao ano. Agora, a expectativa é de que a taxa encerre o ano em 8%.

Com juros mais altos, os custos dos empréstimos no Brasil também sobem, o que tende a tornar mais atrativo o mercado de renda fixa local e aumentar a entrada de dólares no país, ajudando a valorizar o real.

Por outro lado, a inflação também tem dado sinais de avanço em outras grandes economias, como os Estados Unidos, e os investidores devem ficar atentos a dados a serem divulgados nesta semana que podem sinalizar os próximos passos da política monetária do Fed (Federal Reserve, o Banco Central americano).

Fonte: UOL

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