
O deputado estadual Comandante Dan (Podemos) esteve na última sexta-feira (25) na cidade de Codajás, a 240 km de Manaus em linha reta (285 km por via fluvial). Com 24.451 habitantes (IBGE 2024), os diálogos do parlamentar com a população revelaram interrupções frequentes no fornecimento de energia elétrica, motivo de protestos dos cidadãos. Além disso, a cidade enfrenta desafios relacionados à saúde, com taxas de mortalidade infantil e internações por diarreia acima da média nacional. A falta de saneamento básico e de acesso à água potável repetem o quadro trágico visto em quase todos os municípios do alto e médio Solimões percorridos até agora pela comitiva parlamentar.
Além da sede administrativa do município, onde realizou ao final do dia um seminário de cidadania digna, uma espécie de reunião ampliada com as lideranças de diferentes setores produtivos e a população, o Comandante Dan também esteve em uma comunidade rural para ver de perto a realidade enfrentada pelos ribeirinhos, a comunidade Urucuri 2, onde residem mais de 120 pessoas:
“Chega a ser doloroso ver o que nossa gente faz para obter água, mesmo estando em plena Amazônia. Lá eles arrastam um reservatório plástico de água de 5 mil litros por mais de 800 metros, no muque, até a beira do rio, para abastecê-lo, e depois o empurram de volta. E esse reservatório não é suficiente para abastecer todas as famílias. Imaginem o esforço. Isso sem contar que durante as vazantes eles ficaram completamente isolados, dificultando o acesso à água e a outros serviços, inclusive ao abastecimento de itens da cesta básica”, afirmou.
Segundo o presidente da comunidade, Ezequiel Balieiro, e os demais moradores que interagiram com o parlamentar, a comunidade se ressente da ausência de um sistema eficiente de abastecimento de água potável. Um único poço artesiano foi perfurado anos atrás, mas encontra-se inutilizado. Em consequência disso, a saúde de muitos moradores tem sido prejudicada, principalmente pela baixa qualidade da água consumida.
“Água é vida e a ausência dela traz diversos problemas, desde a saúde da população ao prejuízo à roça. Eles não plantam para subsistência porque sequer têm como irrigar. Estamos realizando documentos em Manaus para os órgãos competentes, mas vejo a necessidade de uma ação mais enérgica para toda a área do Solimões. Será uma das minhas bandeiras de luta no retorno das atividades legislativas”, finalizou o deputado.











