Dermilson Chagas afirma que Governo do Estado não preparou as escolas para a retomada das aulas 100% presenciais

O parlamentar criticou a falta de responsabilidade da Secretaria de Educação com a segurança de milhares de estudantes das escolas estaduais

Foto: Márcio Gleyson

O deputado Dermilson Chagas criticou, ontem (24/8) e hoje (25/8), na tribuna da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), o despreparo do Governo do Amazonas na retomada das aulas de maneira 100% presencial nas 236 escolas estaduais de Manaus. O parlamentar recebeu denúncias de vários professores e pais informando que não há distanciamento social dentro das salas de aulas, muitas delas sem janelas, e a promoção de aglomeração de alunos nas demais áreas internas das escolas.

Nas redes sociais, alguns docentes e pais de alunos também postaram fotos das condições das salas de aula e denunciaram que, em algumas escolas, não há locais adequados para a higienização das mãos com álcool e/ou sabão.

“O governador Wilson Lima publicou uma porção de decretos, foi para a TV anunciar que para combater o novo coronavírus seria necessário o uso de máscara, o uso de álcool 70% e, sobretudo, distanciamento social, mas isso não é o que os pais presenciaram nessa retomada 100% presencial, sendo que as crianças não estão imunizadas ainda”, criticou Dermilson Chagas, ressaltando que o Governo do Estado não está cumprindo com o ordenamento sanitário para prevenir qualquer novo surto da pandemia.

O parlamentar frisou que as salas de aulas não têm refrigeração e são pequenas, ocasionando dificuldade de se estabelecer distanciamento social. Dermilson Chagas enfatizou que é um absurdo que a própria secretária de Educação dizer, em entrevista na TV, que o distanciamento social não é problema.

“Nessa retomada das aulas 100% presenciais, nós temos uma realidade, em que o Governo do Estado fala e as condições que realmente existem. As salas não tem renovação de ar, não permite o distanciamento, há falta de material, que podem prejudicar muito a vida dos estudantes, já que a Covid-19, que tem a variante Delta no Amazonas, pode aparecer e se espalhar de uma forma desenfreada. Nós estamos fazendo o alerta para a secretária de Educação, que ela diz que o distanciamento não importa, para ela poder estudar um pouquinho para poder ter responsabilidade com os estudantes. É lamentável”, comentou o deputado.

A retomada 100% presencial em todas as escolas da rede estadual aconteceu na última segunda-feira (23/08), por determinação da Secretaria de Estado de Educação e Desporto (Seduc), que, não está seguindo devidamente os protocolos de segurança, o que é mais agravante, pois a maioria dos estudantes não está imunizada. A maioria dos alunos não recebeu nem a primeira dose da vacina. A retomada completa na capital acontece 18 meses após a primeira paralisação. No interior do estado, a volta está prevista para o dia 8 de setembro.

Com o encerramento do modo híbrido, os alunos deixaram de ser divididos em grupos A e B, porque todas as séries e modalidades de ensino retornaram à normalidade, com frequência nos cinco dias da semana, aumentando, desta forma, a possibilidade de contágio, caso haja um ou mais alunos infectados com o novo coronavírus.

Os professores e pais de alunos reclamam que, em várias escolas, as salas de aulas são minúsculas, sem renovação de ar, em prédios alugados que não têm a mínima estrutura para serem de fato escolas, mesmo se quisessem utilizar 50% de sua capacidade. Nas redes sociais, os docentes e pais relatam que a retomada foi uma imposição do Governo do Estado e se sentem receosos devido ao fato de a variante Delta já ter sido detectada no Amazonas.

“Sabemos que, cientificamente, só há imunização com duas doses da vacina. Além disso, os cientistas já estão cogitando a terceira dose, portanto, nossos alunos e seus familiares estão totalmente vulneráveis ao vírus”, escreveu um professor em sua rede social.

Assessoria de Comunicação: Guilherme Gil e Kelriane Costa

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