
Fontes próximas ao prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), afirmam que ele não ficará de fora das eleições de 2026. A justificativa é estratégica: se não disputar nenhum cargo, ele ficará sem mandato a partir de 2028, à mercê de quem for eleito governador do Amazonas.
Por isso, há quem assegure no Avante que o prefeito trabalha com três possibilidades: governador, senador ou deputado federal. A decisão final dependerá dos cenários políticos e das alianças, mas uma coisa é certa: David não deixará o tabuleiro eleitoral, pois quer garantir seu espaço no jogo de poder pós-2026.
Disputa por vice ou jogo de cena?

Apesar das convenções partidárias estarem distantes, os bastidores políticos no Amazonas já esquentam quando o assunto é a disputa pela vaga de vice na chapa de Omar Aziz (PSD) ao Governo do Estado.
No Baixo Amazonas, o nome do ex-prefeito de Parintins, Bi Garcia, ganha força como possível candidato. Por outro lado, a filha do prefeito David Almeida, Fernanda Aryel, aparece como uma condição para o apoio do prefeito a Omar.
Contudo, fontes próximas aos dois grupos avaliam que, “no frigir dos ovos”, tanto Bi Garcia quanto Aryel Almeida podem acabar disputando vagas para a Câmara Federal em 2026, deixando a vaga de vice para um nome de maior consenso.
Campus do IFAM em Boca do Acre

O deputado federal Átila Lins (PSD-AM) destaca o ritmo acelerado das obras do novo campus do Instituto Federal do Amazonas (IFAM) no município de Boca do Acre. Com recursos do PAC e previsão de entrega para janeiro de 2026, a unidade representa um grande avanço para a educação no interior do Estado.
Atualmente funcionando em sede provisória e atendendo 500 alunos, o campus definitivo terá capacidade para mais de mil estudantes, oferecendo ensino técnico e, futuramente, superior gratuito e de qualidade.
“Esse sonho começou a se tornar realidade em dezembro de 2018, com a criação do campus, fruto de nosso trabalho incansável, que segue firme na missão de fortalecer a educação no interior do Amazonas”, disse Átila à coluna.
Abandono e negligência em Canutama

A Associação dos Produtores Rurais do Projeto de Assentamento São Francisco (APRUC), localizada no Sul do município de Canutama (AM), denunciou o estado de abandono e negligência imposto há anos à comunidade pelas autoridades públicas federais e estaduais.
Mais de 500 famílias que vivem da agricultura familiar e da criação de animais se sentem tratadas como cidadãos de segunda classe.
As estradas estão abandonadas e intrafegáveis. Caminhões atolam, ônibus escolares quebram e vidas se perdem no barro do descaso. O transporte escolar é uma tragédia anunciada: veículos circulam sem freios e com pneus carecas, colocando em risco a vida das crianças e negando-lhes o direito básico à educação.
Descaso é total
Segundo a APRUC, a saúde é um campo vazio de políticas públicas. Não há ambulância, nem equipe médica fixa, nem postos de saúde estruturados. Para atendimento mínimo, os assentados de Canutama são obrigados a enfrentar longas distâncias por estradas em ruínas, enquanto pacientes padecem.
A energia elétrica falha, oscila e apaga. A conservação de alimentos é comprometida e a segurança da comunidade está ameaçada pela instabilidade constante no fornecimento.
Investimentos foram prometidos, recursos foram anunciados e projetos milionários apareceram nos papéis de 2018 a 2024. Mas, na prática, nenhuma obra chegou a Canutama.
Brasil pode perder terras raras

Enquanto os Estados Unidos mostram forte interesse nos minerais críticos do Brasil, é crucial lembrar: o Amazonas possui reservas expressivas de terras raras, principalmente nos municípios de Presidente Figueiredo e na região da Cabeça do Cachorro, em São Gabriel da Cachoeira. São áreas que, além de sua rica biodiversidade, guardam sob o solo um tesouro geopolítico de altíssimo valor.
Esses minerais — essenciais para a fabricação de baterias, turbinas, painéis solares, armas de precisão e veículos elétricos — não são apenas alvos de cobiça global, mas peças centrais na disputa por soberania tecnológica no século XXI.
Velho modelo colonial
Na verdade, conforme especialistas, o Brasil continua exportando riqueza em estado bruto e importando produtos com alto valor agregado, repetindo um modelo colonial. O debate sobre minerais estratégicos precisa deixar os gabinetes de Brasília e chegar às populações locais, que muitas vezes nem sabem que vivem sobre reservas disputadas por potências estrangeiras.
Em vez de assistir passivamente ao jogo de interesses, o governo brasileiro deveria investir pesado em refino, tecnologia e proteção estratégica das suas jazidas, sobretudo na Amazônia, onde a presença do Estado é muito frágil, ou mesmo inexistente.
Venezuela taxa e desafia o Brasil
A Venezuela retomou a cobrança de impostos de importação sobre produtos brasileiros que, até então, estavam isentos mediante a apresentação de certificados de origem. A medida pegou exportadores de surpresa e contraria o Acordo de Complementação Econômica firmado entre os dois países desde 2014, que garante isenção tributária para quase todos os itens comercializados bilateralmente.
A decisão, que ainda não foi oficialmente explicada pelo governo Maduro, afetou diretamente Roraima. Só em 2024, as exportações de produtos como farinha, cacau, margarina e cana-de-açúcar somaram US$ 144,6 milhões. Todas essas mercadorias deveriam estar isentas de tributos. Sem o acordo em vigor, a Venezuela pode aplicar alíquotas de 15% a 77% sobre os itens brasileiros.











