Curso sobre dança afro destaca ancestralidade e identidade na zona Leste de Manaus

Foto: Divulgação

Nos dias 19 e 20 de julho, Manaus receberá o curso “A Expressão Corporal da Africanidade na Amazônia”. Essa imersão artística e formativa, que integra dança, ancestralidade e identidade cultural, acontecerá na casa de candomblé Ilê Asé Sesu Toyan (Av. Margarita, nº 1.016, bairro Cidade de Deus, zona Leste). O projeto foi contemplado pelo edital macro de Chamamento Público n° 002/2024 da Lei Aldir Blanc, promovido pela Prefeitura de Manaus, via Conselho Municipal de Cultura (Concultura).

Idealizado pela produtora cultural Inã Figueiredo, o curso será ministrado por Tatiana Campêlo, coreógrafa e diretora da Campêlo Cia. de Dança, reconhecida por sua pesquisa em corporeidade afro-brasileira. A formação, com carga horária de 12 horas e certificado de participação, é aberta a artistas da dança, teatro e demais interessados, sem exigir experiência prévia. Incluirá rodas de conversa, exercícios corporais e estudos das movimentações criadas por Campêlo.

O presidente do Concultura, Tony Medeiros, enfatizou a importância do projeto: “Esse projeto é um exemplo vivo da força da nossa cultura, que é plural, diversa e ancestral. O Concultura tem esse papel de fomentar iniciativas que enriqueçam o nosso patrimônio cultural, sobretudo nos territórios onde o acesso à arte ainda é limitado”.

A iniciativa também contribui para o debate sobre identidade racial e combate ao racismo, promovendo o reconhecimento das múltiplas raízes culturais da Amazônia. Além de seu caráter formativo, o curso visa fomentar conexões, trocas de experiências e fortalecer a produção cultural periférica. Inã Figueiredo destaca que a proposta vai além da técnica profissional: “Mesmo com as políticas afirmativas em vigor, ainda há pessoas que não se reconhecem como negras ou indígenas. Essa é uma oportunidade de se reconectar com essas raízes a partir da arte”.

A imersão oferecerá aos participantes a chance de ampliar seu repertório criativo e aprofundar-se em práticas corporais ligadas à ancestralidade.

Por Ismael Oliveira/Concultura

DEIXE SEU COMENTÁRIO

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.