Cuidar da saúde mental é investir em produtividade, afirmam especialistas

Psicóloga Maria do Carmo Lopes - Foto: Divulgação

A partir de maio, a saúde mental passa a ter um novo status dentro das empresas brasileiras. Com a atualização da Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1), as organizações serão obrigadas a implementar medidas preventivas para evitar assédio, sobrecarga e estresse entre os trabalhadores. A regulamentação equipara os cuidados com a saúde mental às medidas de segurança física, tornando sua adoção tão essencial quanto o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).

Com a mudança, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) passa a fiscalizar mais as empresas, principalmente ambientes de alta pressão, como unidades de saúde, bancos e teleatendimentos. Para a psicóloga Maria do Carmo Lopes, especialista em Psicologia Organizacional e com vasta experiência no setor, a nova regulamentação representa um avanço para os trabalhadores. “A NR-1 traz mais humanização, respeito e valorização do ser humano dentro das empresas. Se o maior capital de uma empresa, que é o ser humano, não estiver bem, certamente essa organização terá dificuldades em honrar seus compromissos e oferecer serviços com qualidade”, destaca.

Com clínica recentemente inaugurada na rua Nicolau da Silva, nº 25, bairro São Francisco, Maria do Carmo, que também é especialista em Saúde Mental e Humanização na Atenção à Saúde, destaca que a busca por apoio psicológico tem crescido. No consultório, ela oferece tanto terapia individual quanto terapia em grupo. “Somos seres sociais, e a terapia em grupo permite a troca de experiências, o apoio e a compreensão coletiva. Isso fortalece os indivíduos e melhora o ambiente de trabalho”, pontua. O modelo de atendimento grupal pode ser estruturado, disse ela, para equipes corporativas e varia entre três a 10 participantes.

A psicóloga informa que a Síndrome de Burnout (esgotamento profissional) é uma das principais causas de afastamento e demissão voluntária nas empresas. E alerta para sinais como cansaço excessivo, insônia e mudanças repentinas de humor. “O primeiro passo é reconhecer os sinais e buscar ajuda. Conhecer-se é o caminho mais curto para a saúde mental”, afirma.

Ela também aconselha que as empresas invistam na saúde emocional dos colaboradores, como parte de sua cultura organizacional. “Cuidar da saúde mental dos colaboradores é investir na qualidade dos serviços prestados”, observa.

Equilíbrio emocional para evitar esgotamento

Maria do Carmo também reforça a importância do equilíbrio emocional para evitar o esgotamento profissional. Entre as principais dicas, ela destaca: reconhecer os próprios limites, manter boas relações interpessoais, praticar o convívio social, sair com amigos e familiares e buscar ajuda profissional sempre que necessário.

“O corpo e a mente sentem e avisam através dos sintomas, quando estamos adoecendo. Precisamos aprender a ouvir esses sinais e agir antes que a situação se agrave”, aconselha.

Por fim, ela diz que fica feliz quando vê uma empresa investindo na saúde mental de seus colaboradores. “Isso me incentiva a continuar minha missão como psicóloga e a contribuir com a sociedade”, afirma.

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