A mostra não-competitiva Olhinho, que exibe filmes infanto-juvenis de diferentes estados do Brasil, fará parte do 7º Festival de Cinema da Amazônia – Olhar do Norte. As seis produções audiovisuais selecionadas serão exibidas com entrada gratuita no dia 21 de setembro, às 14h30, no Teatro Amazonas, no centro histórico de Manaus.
As obras que serão exibidas são:
- “As Joias de Oxum” e “Tsuru”, de Urânia Munzanzu e Pedro Anias (Bahia)
- “Baile de Miriti” e “Guardiões da Cobra Grande”, de Emily Cristiane e Yago de Almeida (Pará)
- “No Início do Mundo”, de Camilla Osório de Castro (Ceará)
- “O Enigma do Tempo”, de Anderson Lister (São Paulo)
Segundo Ítalo Bruce, curador da mostra Olhinho, os filmes são indicados para o público de 4 a 12 anos, que deve estar acompanhado pelos pais. “A mostra traz temáticas plurais, importantes para a infância e para a família. São obras com um olhar muito sensível de diversos lugares do Brasil sobre a infância”, afirma o curador.
Ítalo Bruce também destaca o papel do festival em aproximar o público do cinema: “É um convite que o audiovisual faz para apresentar histórias contadas por meio da animação. A curadoria do Olhinho foi pensada para despertar, na infância, o interesse por filmes infanto-juvenis.”
Escolas, instituições e grupos fechados interessados em participar podem entrar em contato pelo número 98421-6452.
Sinopses dos Curtas
- “As Joias de Oxum” (Bahia): O filme mostra a infância negra e as dificuldades enfrentadas no subúrbio de Salvador, abordando temas como fome e falta de moradia. A obra mostra como crianças invisíveis aos olhos da sociedade lutam por seus direitos e utilizam o cinema para expressar os desejos para o presente e o futuro.
- “Tsuru” (Bahia): Um pedaço de papel adormecido é despertado pelo bater de asas de um tsuru, um pássaro de origami japonês, e embarca em uma jornada desafiadora em busca de transformação.
- “Baile de Miriti” (Pará): Um Palhaço de Miriti, um material leve, sonha em dançar como uma bailarina, mas não consegue ficar de pé com o vento.
- “Guardiões da Cobra Grande” (Pará): Em uma imersão na Amazônia, um pequeno deslize de um guardião ameaça o sono de uma criatura que dorme há mil anos. A animação é inspirada em tradições amazônicas e mistura aventura, magia e legado.
- “No Início do Mundo” (Ceará): A protagonista Maíra aprende o ofício de sua avó.
- “O Enigma do Tempo” (São Paulo): A protagonista Lupi, ansiosa para comer os figos que demoram a amadurecer, embarca em uma aventura com seu amigo Baduki para encontrar um artefato lendário que pode controlar o tempo. A jornada os leva a questionar se acelerar o tempo é realmente uma boa ideia.
Segundo o curador Ítalo Bruce, as obras retratam como a infância se manifesta em diferentes contextos, desde a necessidade de comunidade em lugares periféricos, como em “As Joias de Oxum”, até o contato com a natureza e um ritmo mais lento, em oposição ao consumo acelerado de conteúdo na internet.
Sobre o Festival Olhar do Norte
A 7ª edição do Festival de Cinema da Amazônia – Olhar do Norte acontece entre 17 e 21 de setembro, no Teatro Amazonas. O evento conta com três mostras competitivas (Amazônia, Outros Nortes e Olhar Panorâmico), a mostra não-competitiva Olhinho, e exibições de curtas e longas-metragens convidados.
A programação inclui ainda atividades formativas, oficinas e debates para profissionais do mercado audiovisual, em locais como o Centro Cultural Palácio da Justiça, Teatro Gebes Medeiros e Palacete Provincial.
O evento é uma iniciativa da Artrupe Produções, em parceria com o Cine Set e a Itaú Cultural Play, e tem o apoio da Atelo, Amazonas Shopping e do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa.
O festival será lançado com uma sessão especial do longa-metragem “O Agente Secreto”, finalista para representar o Brasil na categoria de Melhor Filme Internacional no Oscar 2026. A sessão acontece no dia 16 de setembro, às 20h30, no Kinoplex Amazonas Shopping.
Em 2025, o festival recebeu 832 filmes inscritos para suas mostras. Em suas seis edições anteriores, o evento alcançou 5.200 pessoas presencialmente e 9.000 online, com a exibição de mais de 220 curtas, 14 longas convidados, além de diversas rodas de conversa, debates e oficinas.
O Olhar do Norte também promove outras iniciativas, como o Olhar do Norte Lab, focado em capacitação de profissionais, e o Cineclube Olhar do Norte, para formação de público.
A programação completa pode ser consultada no Instagram do festival (@olhardonorte).
Assessoria de comunicação: Manuella Barros
