
Em janeiro de 2025, o patriarca Adail Pinheiro reassumiu o comando da prefeitura com o filho Emanoel de vice. Na Câmara Municipal, quem preside a casa é Jeany Pinheiro, outra herdeira do clã.
Para completar o organograma, a deputada estadual Mayara Pinheiro segue na ALEAM por enquanto e o irmão Adailzinho dá expediente em Brasília.
O brasão da família, se existisse, poderia ter o lema: “De Coari para o mundo, com amor e controle total.”
O tabuleiro do clã para 2026

Fontes próximas ao “cacique” Adail Pai garantem que vem aí um novo arranjo dinástico para 2026.
O patriarca estaria pensando disputar vaga na Câmara Federal, com o atual deputado Adailzinho descendo um degrau para tentar a Assembleia Legislativa.
Na dança das cadeiras, o filho Emanoel assumiria a prefeitura e a doutora Mayara voltaria ao jaleco, porque até mesmo os Pinheiro precisam de alguém na família pra cuidar da pressão alta do grupo.
Em Coari, democracia e genética seguem caminhando de mãos dadas.
Deus proverá (a vaga e os votos)

No PL, a aposta da vez é no vereador Sargento Salazar, o homem que pode puxar Alfredo Nascimento de volta à Câmara Federal. Os liberais sonham alto: Salazar eleito com supervotação, arrastando o presidente regional do partido junto.
Mas há um pequeno detalhe. Salazar ainda não decidiu se vai, e sua resposta à imprensa foi digna de profeta: “Serei o que Deus quiser”.
Ou seja, por enquanto, a única coisa definida é que a candidatura está nas mãos do Criador.
Enquanto isso, Alfredo acende velas em todas as paróquias possíveis. Vai que ajuda.
Pisar na lama com estilo

Quem disse que ser “do povo” impede um toque de luxo? Durante uma visita a uma área alagada de Manaus, o prefeito David Almeida mostrou que dá para “pisar na lama” mantendo o padrão. Ele usava um tênis avaliado em quase R$ 24 mil.
A cena viralizou, não tanto pela solidariedade, mas pela contradição estética: o calçado de grife dividindo espaço com a lama e as galochas da população.
Na internet, os comentários foram uníssonos: “Cada um ajuda como pode — uns com cesta básica, outros com conceito fashion”.
Em Manaus, já tem quem diga que, se o prefeito resolver disputar o título de prefeito raiz, vai precisar de um par de botas menos italianas e mais amazonenses.
“O Rio de amanhã é aqui”

Na Assembleia Legislativ, o deputado Comandante Dan (Podemos) alertou sobre o avanço da criminalidade no Estado. Com a experiência de quem comandou a Polícia Militar do Amazonas entre 2008 e 2011, o parlamentar traçou um paralelo entre a atual crise de segurança do Rio de Janeiro e o cenário que, segundo ele, começa a se desenhar no Amazonas.
“O Rio de Janeiro de hoje é o Amazonas de amanhã”, advertiu.
Dan criticou a falta de prioridade no investimento no capital humano das forças de segurança, destacando a ausência de novos concursos, de políticas salariais e de apoio efetivo aos policiais.
“Não se faz segurança pública apenas com tecnologia. Ela é importante, mas não prescinde do elemento humano”, afirmou, defendendo que a Aleam analise com seriedade a Lei Orçamentária de 2026, recém-chegada à Casa.
Armas e delegacias superlotadas

Comandante Dan também apontou o aumento das apreensões de armas de grosso calibre e a superlotação de delegacias, citando a recente interdição da 66ª Delegacia de Envira, decidida pela Justiça a pedido do Ministério Público.
“O interior vive uma situação tão grave quanto a da capital. Precisamos de ações sérias, e não pirotecnia”, disse o parlamentar.
O ex-comandante da PM vê o sistema de segurança se aproximando do “limite”, sem políticas estruturantes à vista.
Anna Sol: um adeus em versos

Parintins amanheceu em silêncio no domingo (2), com a notícia da morte precoce da advogada Anna Sofia da Frota Barreto Faria, a querida Anna Sol, aos 34 anos, em São Paulo.
Filha do ex-deputado estadual Zezinho Faria e irmã de João Paulo Faria, amo do boi Garantido, Anna partiu de forma súbita, enquanto praticava atividade física.
O luto tomou conta das redes e das ruas da Ilha Tupinambarana. Em uma homenagem comovente, Zezinho Faria se valeu da poesia de Thiago de Mello para se despedir da filha, misturando dor e beleza em versos que lembram Madrugada Camponesa e Os Estatutos do Homem.
“Anna, que bom que tu chegaste!”, escreveu o pai, transformando a despedida em um cântico de esperança: “Com a tua chegada, nasce no meio da sombra a luz suave do teu Sol.”
A morte de Anna Sol interrompe uma trajetória de ternura e compromisso com a vida. Em Parintins, amigos e familiares resumiram o sentimento em uma frase simples e luminosa — “Ela fez jus ao nome: foi Sol em todas as manhãs.”











