Ciro Gomes oficializa retorno ao PSDB e acusa PT de corrupção sem limites

Cerimônia de filiação ao partido teve presença do bolsonarista André Fernandes e Tasso Jereissati; Ciro ficou 10 anos no PDT e anunciou saída na semana passada

Ao lado do ex-senador Tasso Jereissati (dir.), Ciro Gomes assinou a ficha de filiação ao PSDB – Foto: Reprodução/YouTube - @psdbceara45 - 22.out.2025

O ex-governador e ex-ministro Ciro Gomes oficializou seu retorno ao PSDB nesta quarta-feira (22 de outubro de 2025), após dez anos de filiação ao PDT. A cerimônia de filiação foi marcada por duras críticas à gestão do PT nos âmbitos estadual (Ceará) e federal.

Ciro assumirá a presidência do diretório estadual do PSDB no Ceará, com a missão de liderar a oposição ao governo do petista Elmano de Freitas nas eleições de 2026. O ex-prefeito de Fortaleza, José Sarto, também retornou ao PSDB junto com Ciro e será o presidente municipal do partido na capital.

Críticas ao PT: corrupção e alianças

Caracterizando seu retorno ao tucanato como um “recomeço de sua vida pública”, Ciro Gomes não poupou críticas ao atual governo federal de Luiz Inácio Lula da Silva:

  • Corrupção: Ciro classificou a gestão federal como “a mais corrupta da história”. Ele desafiou os petistas a contestá-lo e argumentou que Lula liberou R$ 63 bilhões em emendas neste ano, um valor muito superior aos R$ 30 bilhões criticados no governo Bolsonaro, para o que ele chamou de “roubalheira generalizada”.
  • Contradição em Alianças: O ex-governador ironizou a flexibilidade do PT em formar alianças. Ele citou as escolhas de Lula para vice-presidente: José Alencar (PL), Michel Temer (MDB) e, mais recentemente, Geraldo Alckmin (fundador do PSDB).
  • Moralidade: Ciro questionou a moralidade do partido ao dizer: “Aqui não tem ladrão. E lá? Dá para dizer isso?”.

Oposição no Ceará e missão nacional

O retorno de Ciro foi articulado pelo ex-senador tucano Tasso Jereissati, que o considerou o nome fundamental para reconstruir o PSDB.

Tasso Jereissati celebrou a presença de líderes de oposição na cerimônia (incluindo representantes do PL, União Brasil, Cidadania e Avante), sinalizando uma frente ampla contra o PT no Ceará.

“Pela 1ª vez nós temos aqui representado um espectro do pensamento da política no Estado do Ceará capaz de confrontar –e não só confrontar– vencer essa fase de retrocesso no Ceará”, declarou Tasso, em referência ao governo Elmano de Freitas (PT).

Além da missão estadual de confrontar a hegemonia petista (que governa o Ceará desde 2015), Tasso afirmou que Ciro tem a missão nacional de ajudar a reconstruir o PSDB como um partido de centro, capaz de dialogar e defender o espírito democrático.

Movimentação política e futuro

  • Eleições 2026 (Ceará): O destino mais provável de Ciro é a disputa pelo governo do Ceará em 2026, enfrentando diretamente o atual governador Elmano de Freitas (PT).
  • Presidência: Apesar de ter sido candidato a presidente quatro vezes (a última em 2022, quando ficou em 4º lugar), Ciro já afirmou que não pretende mais concorrer ao cargo.
  • Desfiliação do PDT: Ciro entregou sua carta de desfiliação do PDT em 17 de outubro, citando divergências sobre o apoio do partido ao governo de Elmano de Freitas no Ceará.

O retorno de Ciro ocorre em um momento de crise histórica para o PSDB, que, pela primeira vez desde sua fundação em 1988, não governa nenhum estado ou o Distrito Federal, e viu seu número de políticos eleitos cair 66% desde seu auge.

Fonte: https://www.poder360.com.br/poder-partidos-politicos/ciro-gomes-filia-se-ao-psdb-e-critica-o-pt-aqui-nao-tem-ladrao/

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