A inflação anual da Argentina atingiu seu nível mais baixo desde dezembro de 2020. Dados oficiais divulgados nesta quarta-feira (13) mostram que a taxa acumulada nos 12 meses até julho foi de 36,6%.
No comparativo mensal, o índice de preços ao consumidor subiu 1,9%, de acordo com as previsões do mercado. Foi o terceiro mês seguido em que a inflação mensal permaneceu abaixo de 2%, situação que não ocorria desde novembro de 2017, destacou o ministro da Economia, Luis Caputo.
Segundo a provedora de dados LSEG, analistas projetavam inflação mensal de 1,8%. Em junho, a alta foi de 1,6%, depois de chegar à mínima de cinco anos, de 1,5%, em maio. O acumulado de 2025 já soma variação de 17,3% no país. O indicador anual caiu de 39,4% no mês anterior para os atuais 36,6%.
Os setores de lazer (4,8%), transportes (2,8%) e restaurantes (2,8%) lideraram os aumentos de preços no mês passado. Durante julho, o peso argentino desvalorizou mais de 12% perante o dólar, a maior queda desde a desvalorização promovida pelo presidente Javier Milei no início de seu mandato, em dezembro de 2023, quando a inflação acumulada atingia 211,4%.
FMI projeta queda de 90 pontos percentuais da inflação argentina
De acordo com projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI), a expectativa é de que a inflação argentina encerre 2025 em 27%, bem abaixo dos 117,8% registrados em 2024. O controle da inflação foi uma das principais promessas de campanha de Milei, fator decisivo para sua vitória sobre Sergio Massa em 2023.
A economia argentina, segundo a previsão do FMI, deve crescer 5,5% em 2025. O número é quase o dobro do crescimento projetado para o Brasil, de 2,3%.
Fonte: https://revistaoeste.com/mundo/inflacao-na-argentina-atinge-menor-nivel-desde-2020/
