Argentina atinge o sétimo mês de superávit primário em 2025

O presidente da Argentina, Javier Milei: recuperação consistente - Foto: Reprodução/X

A Argentina encerrou julho de 2025 com um superávit primário de 1,75 trilhão de pesos (cerca de US$ 1,27 bilhão), marcando o sétimo mês consecutivo de saldo positivo no ano.

O dado, divulgado pelo Ministério da Economia, consolida a política de ajuste fiscal do presidente Javier Milei e demonstra sua proposta de ruptura com o modelo estatista e deficitário de gestões anteriores.

Desempenho fiscal acumulado

Em julho, o pagamento de juros de quase 1,92 trilhão de pesos resultou em um déficit financeiro mensal de 168,5 bilhões de pesos. No entanto, o desempenho acumulado do setor público nacional de janeiro a julho segue robusto:

  • Superávit primário acumulado: 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB).
  • Superávit financeiro acumulado: 0,3% do PIB.

Analistas consideram esse desempenho um caso raro na região, refletindo o rigor da disciplina fiscal.

Crescimento e fundamentos do superávit de julho

Segundo o ministro da Economia, Luis Caputo, o superávit primário de julho cresceu 41% em termos reais em comparação com 2024. Este resultado foi sustentado por:

  1. Aumento das receitas totais: Avanço de 2,8% em termos reais.
  2. Redução dos gastos primários: Corte de 1,3% em termos reais.

Mesmo com o ajuste, as despesas sociais avançaram 5,7% em termos reais. Os cortes se concentraram em:

  • Subsídios econômicos: Recuo de 15,4% reais.
  • Subsídios de energia: Queda de 34%.

Desaceleração da arrecadação e cortes intensos nas despesas

O governo registrou uma desaceleração na arrecadação de impostos. As receitas totais caíram 5,1% reais no trimestre encerrado em julho, após uma retração de 3,8% no trimestre anterior (em comparação com os mesmos períodos de 2024). A coleta de tributos diminuiu 5,7% em termos reais, influenciada pela base de comparação no setor financeiro.

Pelo lado das despesas, o ajuste é intenso: os gastos primários recuaram 7,3% reais no trimestre. Os cortes mais significativos foram em:

  • Investimentos: -41,6% reais.
  • Folha de pagamentos: -11,7% reais.
  • Subsídios energéticos: -50,4% reais.

Houve avanços em:

  • Pensões: Aumento de 16,7% reais, favorecido pela queda da inflação.
  • Transferências às províncias: Crescimento de 3% reais.

Projeção e contexto político-econômico

Economistas projetam um superávit primário de 1,6% do PIB em 2025.

Especialistas veem a combinação de cortes profundos e metas rígidas como um contraponto ao expansionismo estatal na América Latina, apresentando resultados concretos de solvência fiscal no curto prazo para a gestão Milei.

Fonte: https://revistaoeste.com/mundo/pelo-7o-mes-seguido-argentina-registra-superavit-primario/

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