
O comércio exterior do Amazonas apresentou um desempenho sólido no mês de novembro de 2025, alcançando uma corrente de comércio de US$ 1,2 bilhão. Esse resultado é fruto de US$ 98,72 milhões em exportações somados a US$ 1,10 bilhão em importações. Os números refletem a intensa atividade produtiva da região, que é movida principalmente pelas demandas do Polo Industrial de Manaus (PIM).
Os dados foram consolidados pelo Departamento de Estatística e Geoprocessamento (Degeo), vinculado à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti). O monitoramento mensal permite acompanhar a saúde econômica do estado e a relação comercial com grandes potências globais.
Exportações e os principais destinos dos produtos amazonenses
Nas vendas para o mercado externo, o Amazonas teve como grandes parceiros a Alemanha e a China. O setor mineral foi o grande protagonista do período, com destaque para commodities de alto valor agregado.
- Alemanha: O país europeu recebeu US$ 19 milhões em ouro semimanufaturado para fins não monetários, representando mais de 95% das exportações destinadas a esse mercado.
- China: O mercado chinês absorveu US$ 8,66 milhões em ferronióbio, o que correspondeu a cerca de 81% das vendas feitas para o país asiático.
No cenário municipal, Presidente Figueiredo consolidou sua posição como polo exportador de ferro-ligas, enquanto Itacoatiara registrou movimentações importantes na venda de madeira serrada para os Países Baixos.
Importações sinalizam aquecimento da indústria local
As compras externas totalizaram US$ 1,10 bilhão e funcionam como um termômetro para a indústria amazonense. A China segue como a principal fornecedora de insumos, com foco em componentes eletrônicos e suportes para reprodução de dados. O Vietnã também apareceu como parceiro estratégico no fornecimento de processadores e circuitos integrados.
De acordo com o assessor econômico da Sedecti, Alcides Saggioro, o volume de importações é um indicador fundamental da atividade do Polo Industrial de Manaus. Ele explicou que um fluxo crescente sinaliza que as fábricas estão com a demanda aquecida, pois esses insumos chegam para serem transformados em bens finais, como motocicletas e equipamentos eletrônicos.
Evolução histórica e recordes de mercado
A série histórica do estado mostra que, desde 2018, os valores anuais de importação superam a marca de US$ 9 bilhões. No entanto, a partir de 2021, o patamar subiu para a casa dos US$ 13 bilhões.
Até o momento, em 2025, o acumulado já soma US$ 14,93 bilhões. Esse número aproxima o estado do recorde histórico atingido em 2024, quando o total foi de US$ 16,14 bilhões. A projeção é que o ritmo de compras externas continue elevado até o fechamento de dezembro.
Destaques nos municípios do interior
Além da capital, outros municípios amazonenses apresentaram movimentações relevantes no comércio internacional durante o mês de novembro:
- Itacoatiara: Importou mais de US$ 7 milhões em óleos de petróleo provenientes da Rússia.
- Tefé: Registrou a entrada de veículos aéreos, incluindo helicópteros e aviões, vindos dos Estados Unidos em um montante de US$ 3,24 milhões.
Para quem deseja acompanhar os detalhes por produto ou país, a Sedecti disponibiliza um painel interativo em seu site oficial, onde é possível realizar consultas técnicas sobre a balança comercial.











