A pergunta que ninguém responde: Maduro vai ceder ou resistir?

Nicolás Maduro está no poder desde 2012 na Venezuela - Foto: Reprodução/Fotos Públicas

A tensão entre os governos de Estados Unidos e Venezuela atingiu um novo patamar nesta quinta-feira, 4 de dezembro de 2025, após o Departamento de Estado americano emitir um alerta urgente para que todos os cidadãos norte-americanos deixem a Venezuela “imediatamente”. Este aviso ocorre em meio à revelação de que o empresário brasileiro Joesley Batista teria atuado como mediador, buscando a renúncia de Nicolás Maduro.

O Alerta de Viagem e a Pressão Americana

O Departamento de Estado justificou a orientação de saída imediata para seus cidadãos citando um “alto risco de detenção indevida, tortura, terrorismo e sequestro” para americanos no país.

A decisão americana reflete a escalada de pressão e ações militares dos EUA na região do Caribe, que Washington afirma serem direcionadas contra o narcoterrorismo. As ações incluem:

  • Aumento da Operação “Lança do Sul”: Intensificação da ofensiva militar no Caribe, supostamente mirando embarcações ligadas ao tráfico de drogas.
  • Fechamento do espaço aéreo: O presidente Donald Trump declarou que o espaço aéreo da Venezuela deve ser considerado “fechado” em sua totalidade.
  • Ameaça de intervenção terrestre: Trump também advertiu sobre a possibilidade de realizar intervenção militar terrestre contra narcotraficantes na Venezuela.
  • Sanções e recompensas: O governo dos EUA segue impondo sanções e aumentando recompensas por informações que levem à prisão de líderes venezuelanos, incluindo Nicolás Maduro.

A Mediação Secreta de Joesley Batista

Em meio a essa crise, foi noticiado que o empresário brasileiro Joesley Batista, um dos donos da JBS, teria viajado secretamente à Venezuela em 23 de novembro de 2025 para se encontrar com Nicolás Maduro.

  • Objetivo da missão: Joesley estaria atuando como mediador para tentar diminuir a escalada de tensão, com a missão de persuadir Nicolás Maduro a renunciar ao cargo e, assim, facilitar uma transição pacífica de poder.
  • Contexto: A viagem ocorreu logo após o próprio presidente Donald Trump ter telefonado diretamente para Maduro com o mesmo apelo.
  • Interesses: A família Batista e o grupo J&F (controlador da JBS) possuem interesses econômicos na Venezuela, o que teria motivado essa articulação. A J&F SA, contudo, negou que Joesley represente qualquer governo.

Reações e o Futuro da Crise

O governo de Nicolás Maduro reagiu com vigor à pressão externa, denunciando o que chama de “ataques americanos” e pedindo prontidão às Forças Armadas.

No Congresso dos EUA, tanto democratas quanto republicanos têm se mobilizado para barrar uma possível intervenção militar de Trump na Venezuela, ameaçando acionar a Resolução de Poderes de Guerra. Analistas alertam que a escalada de tensão no Caribe pode desencadear a maior crise geopolítica da América Latina em décadas.

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