Chile à beira de um segundo turno histórico: Por que José Antonio Kast pode mudar tudo

José Antonio Kast – Foto: MARVIN RECINOS/AFP via Getty Images

Com um eleitorado clamando por ordem e segurança e um país buscando reverter anos de instabilidade e políticas fracassadas da esquerda, o Chile se prepara para um segundo turno histórico neste domingo, 14 de dezembro. O candidato de ultradireita, José Antonio Kast, surge como o favorito nas pesquisas de opinião, representando a promessa de devolver a estabilidade e o crescimento ao país andino.

Se eleito, Kast, do Partido Republicano, será o líder mais conservador do Chile em décadas. Sua provável vitória consolida o movimento de direita na América Latina, impulsionado pela insatisfação generalizada com o aumento da criminalidade, a crise migratória e a deterioração da qualidade de vida sob a administração atual.

O apelo por ordem e oposição à esquerda

O principal motor da candidatura de José Antonio Kast é sua postura firme contra a insegurança e a desordem. A população chilena, exausta com os altos índices de criminalidade e a violência urbana, vê em Kast a figura necessária para restabelecer a autoridade do Estado.

Kast, que concorre contra Jeannette Jara, a candidata de esquerda e membro do Partido Comunista, tem uma plataforma clara e contundente:

  • Segurança inegociável: Sua prioridade é enviar as Forças Armadas para áreas urbanas de alta criminalidade, uma medida vista como essencial para proteger os cidadãos.
  • Fronteiras controladas: Kast propõe a construção de barreiras físicas e a criação de uma força de imigração especializada para acelerar a deportação de migrantes que entraram ilegalmente no país, uma resposta direta à crise migratória, especialmente de venezuelanos.
  • Defesa da tradição: Kast e seu Partido Republicano foram fundamentais na oposição à proposta de nova Constituição, defendida pela esquerda, que foi rejeitada pelos eleitores por ser vista como excessivamente polarizadora e radical.

A visão de estabilidade para o mercado

Os investidores e o mercado financeiro já demonstraram aprovação à iminente vitória de Kast. A expectativa de um governo focado em políticas pró-mercado, menos regulamentação e maior responsabilidade fiscal tem sido um fator chave na recente recuperação do mercado chileno. A eleição de Kast é vista como um sinal de previsibilidade e um retorno a um ambiente mais favorável aos negócios e ao investimento.

O analista Nicholas Watson, da consultoria Teneo, reconhece que Kast, apesar de seu histórico conservador, é um democrata e menos polarizador do que outros líderes de direita regionais, como Javier Milei na Argentina. A grande questão é quão flexível ele será na implementação de suas políticas, dada a divisão do Congresso.

Votos decisivos e a rejeição ao modelo atual

A vitória de Kast é considerada praticamente certa. No primeiro turno, a maioria dos votos que não foram para os dois principais candidatos era de orientação direitista, e a tendência é que esses eleitores apoiem Kast.

Apesar de uma pequena margem de eleitores indecisos, o foco da eleição não está mais em quem vencerá, mas em como o novo presidente governará. Os chilenos esperam resultados imediatos. Após os fracassos do atual governo de esquerda, que não conseguiu cumprir suas promessas de transformação social e teve sua tentativa de mudar a Constituição rejeitada, a população anseia por uma liderança eficaz que resolva os problemas urgentes do dia a dia.

A eleição de Kast é a manifestação de um Chile que rejeita o experimento de esquerda e exige um retorno à ordem, segurança e um caminho claro para a prosperidade econômica.

Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/chile-deve-eleger-presidente-mais-a-direita-desde-ditadura-de-pinochet/

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