
O Brasil é um dos líderes em procedimentos de implante dentário, realizando anualmente cerca de 800 mil implantes e utilizando 2,4 milhões de componentes protéticos, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Médica, Odontológica e Hospitalar (Abimo). Esse crescimento reflete a busca por soluções eficazes e estéticas para a reposição de dentes perdidos.
O especialista em implantes dentários, Marcelo Klinger, explica que o procedimento se consolidou como uma das técnicas mais seguras da odontologia atual.
“Um implante dentário funciona como uma raiz artificial, geralmente de titânio, posicionada dentro do osso para substituir a raiz de um dente perdido. Sobre ele, fixamos uma prótese que pode ser unitária, uma ponte ou até uma prótese total fixa.”
Indicações e avaliação completa
O procedimento é indicado para casos de perda de um ou mais dentes, seja por cárie, trauma, doença periodontal ou falhas em tratamentos anteriores. É também uma excelente alternativa para usuários de dentaduras que buscam mais conforto, segurança na mastigação e um sorriso mais natural.
Marcelo Klinger reforça que a decisão pelo implante exige planejamento e transparência. O paciente deve passar por uma avaliação clínica completa, incluindo exames de imagem, e informar sobre condições de saúde (como diabetes e problemas cardíacos) e hábitos (como tabagismo e bruxismo), que interferem na cicatrização.
“A conversa aberta com o profissional é indispensável. É importante entender tempo de tratamento, etapas, custos e alternativas. Implante não é um procedimento para ser decidido às pressas”, alerta o dentista.
Procedimento seguro requer atenção e qualificação
Embora seja seguro, o implante pode apresentar riscos se realizado sem a especialização e protocolos adequados. Para o CEO da Art’s do Sorriso, a previsibilidade do implante está ligada exclusivamente à técnica, aos protocolos e à qualificação do profissional.
Riscos da falta de planejamento
Quando o planejamento é negligenciado, aumentam os riscos de:
- Perfuração de estruturas importantes (como nervos ou o seio maxilar).
- Falhas de osseointegração.
- Infecções.
- Perda óssea precoce.
- Problemas estéticos que podem exigir cirurgias de correção.
“Segurança não é sorte. É conhecimento e acompanhamento contínuo”, enfatiza o especialista.
Alerta contra infecções
A infecção bacteriana está entre os fatores que mais comprometem o sucesso do implante. O acúmulo de bactérias pode levar à peri-implantite, uma inflamação que causa perda de osso ao redor da peça e pode resultar na perda do implante.
Os primeiros sinais de alerta incluem:
- Dor intensa.
- Inchaço exagerado.
- Mau cheiro e pus.
- Sangramento contínuo.
- Sensação de que o implante está “balançando” (mobilidade).
Qualquer sintoma fora do normal deve ser avaliado imediatamente.
Qualificação profissional e recuperação
A segurança do procedimento depende da qualificação do profissional, sendo muitas vezes um trabalho multidisciplinar que envolve clínico, periodontista, protesista e, em alguns casos, até um médico.
“O dentista precisa trabalhar com exames de qualidade, estudar a anatomia, avaliar o volume ósseo, usar materiais certificados e seguir protocolos de biossegurança rigorosos. Cada detalhe influencia no resultado final”, explica Marcelo.
A higiene e assepsia são fundamentais em todas as etapas. O paciente deve seguir corretamente a medicação, evitar esforço físico, não fumar e manter uma higiene bucal cuidadosa. A recuperação inicial leva poucos dias, mas a osseointegração (integração do implante ao osso) pode levar meses.
Impacto na autoestima
Além dos benefícios funcionais, o implante dentário tem um impacto direto na autoestima e no comportamento social. “Quando o paciente volta a sorrir sem vergonha, ele fala com mais espontaneidade, melhora a confiança em reuniões e entrevistas, transmite credibilidade e se sente mais seguro”, afirma o dentista.
Para Marcelo Klinger, o implante é mais do que a colocação de um pino:
“É um tratamento completo que envolve saúde, função e estética a longo prazo. É fundamental escolher um profissional qualificado, manter comprometimento com a higiene e entender o implante como um investimento em qualidade de vida. O resultado depende tanto da técnica quanto do cuidado contínuo do paciente”, conclui.
LD Comunicação | Luana Dávila (Mtb-884/AM)











