
A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), realizada no Brasil em novembro, encerrou com um sentimento de frustração em relação aos resultados alcançados, conforme expressou o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres. Apesar das negociações desafiadoras, o líder avaliou que o processo serviu para reforçar a eficácia do multilateralismo.
Negociações desafiadoras em Belém
Durante a conferência Reuters Next, realizada em Nova York nesta quarta-feira, dia 3 de dezembro, Guterres confirmou que os debates em Belém foram intensos. O dirigente da ONU informou que, mesmo diante das dificuldades, foi possível atingir um consenso entre as nações participantes.
O mapa do caminho dos combustíveis fósseis fica de fora
Um dos pontos de maior insatisfação foi a exclusão do texto principal da conferência da proposta de um “mapa do caminho” para eliminar os combustíveis fósseis.
- Essa iniciativa era defendida pelo Brasil e contava com o apoio de mais de 80 países.
- A inclusão do “mapa do caminho” no texto final foi barrada pela resistência de grandes produtores de petróleo, com destaque para a Arábia Saudita.
Em resposta a esse revés, o Brasil planeja lançar uma estratégia própria sobre a transição energética. De acordo com a CNN Brasil, o país deve divulgar um mapa estratégico de forma unilateral, como uma ação paralela, além de um texto adicional sobre o tema dos combustíveis fósseis.
Avanço na agenda de financiamento climático
Na frente de financiamento climático, os países conseguiram aprovar a estrutura que irá guiar a negociação do novo objetivo coletivo pós-2025. Esse documento estabelece a rota para que as nações desenvolvidas alcancem uma meta de mais de US$ 1 trilhão por ano até 2035 para auxiliar os países em desenvolvimento a combater as mudanças climáticas e se adaptar a seus impactos.
Fonte: https://revistaoeste.com/mundo/chefe-da-onu-diz-que-cop30-teve-resultado-decepcionante/











