
Pedido tardio do TJAM que virou pressa de última hora
Incrível, mas o TJAM descobriu em novembro que 2026 existe e que o orçamento para esse ano já está aprovado. A solução encontrada? Ir pessoalmente à Aleam, o que ocorreu na terça-feira (25), como quem tenta trocar a encomenda depois que o pacote já foi entregue.
Os desembargadores afirmaram que, sem o aumento do duodécimo, comarcas podem fechar, juízes podem ficar sem pagamento e o Judiciário pode “andar para trás”.
Os deputados, pegos de surpresa, tentam agora explicar ao Governo do Estado que a visita não foi convite. Foi manifestação institucional amistosa.
Déficit depende de Deus e da Arrecadação
O relatório da Comissão de Orçamento do TJAM entregou outra pérola: o déficit de 2025 será resolvido, “se Deus quiser”, por excesso de arrecadação. Já para 2026, a solução seria aumentar o duodécimo de 8,31% para 9,49%.
O curioso é que o TJAM tem passado boa parte do ano defendendo que faz “dever de casa” e reduz comissões internas. Mas dois meses atrás o TJAM dizia ao CNJ que tinha superávit para criar benefícios extras. Déficit ou superávit?
Geometria do orçamento
O TJAM afirma que não pode retroceder porque precisa manter capilaridade em todos os municípios, inclusive em Tonantins, que acaba de ganhar comarca. O problema é que capilaridade custa caro, e quem paga é o mesmo orçamento que já foi aprovado.
Deputados técnicos apontam que a discussão sobre os duodécimos acontece na LDO, não na LOA, e que qualquer mudança agora é como querer redesenhar o mapa depois que o barco já zarpou.
Mesmo assim, os desembargadores insistem que a expansão é obrigação constitucional.
Aleam, mediadora involuntária
Com o TJAM batendo à porta e o Governo do Estado fingindo que não ouviu a campainha, a Aleam virou mediadora involuntária.
Os deputados se viram explicando ao Executivo que apenas receberam o pedido e tentando convencer o Judiciário de que “diálogo” não multiplica dinheiro como milagre.
A cena do dia: desembargadores cobrando pressa, deputados suando e o governo à distância avaliando quem paga a conta, literalmente.
O ouro tóxico do comércio online
Enquanto o garimpo ilegal despeja mercúrio nos rios, o Ministério Público Federal agora precisa pedir às plataformas digitais que parem de vender o metal como quem vende liquidificador em promoção relâmpago.
Afinal, parece que parte do mercúrio que contamina 56% de mulheres e crianças ianomâmis tem o caminho tão simples quanto clicar em “adicionar ao carrinho”.
O MPF deu 30 dias para que sites como Shopee, Mercado Livre e OLX retirem anúncios que, teoricamente, já eram proibidos pelas próprias políticas. Ou seja, o mercúrio é tão tóxico que contamina até o algoritmo.











