A COP mais importante da história foi um fiasco, diz Carlos Nobre

Belém queria entrar para a história como a COP mais importante de todos os tempos, mas acabou entregando algo mais parecido com espetáculos de exibicionismos ridículos.

O climatologista popstar, Carlos Nobre, até tentou: falou, repetiu, desenhou, apontou com laser, mas ninguém colocou combustíveis fósseis no texto final da conferência.

China, Rússia e Arábia Saudita agradeceram a sugestão e devolveram com aquele sorriso de “não, mas obrigado”.

No fim, ficou decidido que o mundo segue pegando fogo e a conferência fingindo que nada viu. Nobre saiu dizendo que é otimista para a COP31 — o que prova que cientista entende mesmo de fenômenos raros, inclusive o da esperança, ainda que tardia.

“A ciência não vale nada”

Foto: Divulgação

Num dos momentos mais edificantes da COP30, a ciência entregou relatórios, alertas, gráficos, mapas, ameaças veladas, todo aquele kit básico do “gente, o planeta vai morrer”.

A presidência da COP acenou com a cabeça, fez cara de quem anotou, mas os fósseis foram ignorados no texto maior do evento.

Anunciaram um “mapa do caminho paralelo”, igual dieta que começa segunda: existe, mas não se compromete com a realidade. Carlos Nobre, sempre elegante, descreveu o evento como “não avançou de forma muito importante”.

Traduzindo para miúdos: foi ruim mesmo, com a ciência sendo literalmente à alijada do “faz de conta” climático.

Natal com emoção; segurança, não

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No Largo de São Sebastião, a tradicional árvore de Natal ganhou um efeito especial surpresa este ano: o voo livre não programado do guindaste. Um trabalhador morreu, dois ficaram feridos e a festa começou antes da hora — só que com sirenes no lugar de corais.

A empresa garante que entregou toda a documentação, o governo lamentou, a polícia abriu inquérito e a população ganhou um novo capítulo da série “Manaus: o que pode dar errado hoje?”.

Depois da roda-gigante travada, fica claro que a cidade está vivendo um Natal temático: brinquedos perigosos e emoções fortes.

Rolezinho nas alturas, preço nas nuvens

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O povo descobriu que a roda-gigante da Ponta Negra é privada e que cada voltinha custa R$ 40 — e a paciência coletiva subiu menos que a cabine.

A Prefeitura disse que o preço é “barato” comparado a outras do país. Pois é: a comparação só não incluiu o detalhe de que Manaus não é Balneário Camboriú, muito menos Rio Star.

Enquanto o salário segue descendo a ladeira e o custo de vida sobe sem cabine climatizada, a roda-gigante virou símbolo perfeito da cidade: o povo fica no chão, olhando para cima, enquanto alguém lá no alto fatura.

AM exporta tecnologia: “cocaína negra”

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Se o Amazonas não exporta celular, computador ou industrialização, pelo menos inovação o crime garante: agora temos a “cocaína negra”, edição especial, camuflada, premium, pensada para o mercado europeu e australiano.

A cocaína mistura carvão, pó escuro e criatividade, tipo um brigadeiro do submundo.

Os testes rápidos da polícia sofrem, os cães farejadores entram em crise existencial, e o tráfico segue firme, provando que, no Brasil, produto de ponta é aquele que o Estado jamais conseguiria produzir: tecnologia que funciona.

Fiscalização nenhuma, euros seguros

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A polícia diz que a cocaína negra é só a cocaína branca que tomou sol demais ou resolveu aderir ao gótico. O objetivo: driblar fiscalização e ganhar em euros.

Os traficantes agora inovam mais que startup de fintech: exportam droga escondida em quadros, cadeiras, madeira prensada e, provavelmente, daqui a pouco, panetone.

Enquanto isso, especialistas pedem “verba secreta” para combater o tráfico, porque verba pública, aberta, transparente e honesta seria realmente seria pedir demais.

Joana sai de novo,  Jacque  volta

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A dança das cadeiras natalina na Aleam segue coreografada. Joana Darc, que voltou rapidinho ao plenário só para liberar uns módicos R$ 15,6 milhões em emendas, já retornou ao posto de secretária de Proteção Animal como quem diz “voltei, mas nem desfiz a mala”.

Enquanto isso, a suplente Professora Jacqueline segue ocupando o papel mais discreto e lucrativamente silencioso do teatro político: o de quem não pergunta nada, não reclama de nada e só levanta a mão quando chamam seu nome.

Aquela performance “senta, levanta, aprova, assina”, digna de uma funcionária exemplar do Papai Noel, porque dezembro é farto e o saco de presentes é pesado demais para fazer birra nessa época.

No fim, Joana define o “caminho” das verbas públicas, Jacqueline assume quando o cenário pede e todo mundo segue feliz: o governo, os bichinhos, as emendas, o Natal — e claro, a cadeira da Aleam, que já deveria ganhar adicional por desgaste de tanto entra-e-sai.

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