Ofensiva militar na Colômbia deixa 28 guerrilheiros mortos em meio a pressão dos EUA

A operação, autorizada por Gustavo Petro, ocorre em meio às cobranças dos EUA para que o país se empenhe no combate ao narcotráfico

Presidente Gustavo Petro - Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Uma ofensiva militar promovida pelas Forças Armadas colombianas resultou na morte de 28 guerrilheiros em uma semana. Entre os alvos dos bombardeios estão dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e menores de idade suspeitos de ligação com grupos armados e com o tráfico de cocaína.

A operação, autorizada pelo presidente e ex-guerrilheiro Gustavo Petro, ocorre em meio às intensas cobranças dos Estados Unidos para que o país se empenhe no combate ao narcotráfico.

Morte de menores em operação na Amazônia

O foco da ofensiva militar foi a região amazônica do sul do país. De acordo com a Defensoria Pública, a operação teria deixado pelo menos seis adolescentes mortos.

A defensora pública Iris Marín lamentou a situação, destacando o impacto humano do conflito:

“Tudo isso é lamentável. É a guerra em seu desdobramento doloroso e desumano, afetando os mais vulneráveis: menores recrutados devido à falta de proteção e hoje transformados em alvos militares”, afirmou à agência AFP.

O ministro da Defesa da Colômbia, Pedro Arnulfo Sánchez, por sua vez, enalteceu a eficácia da ação, destacando que “o ataque foi extremamente preciso e atingiu o alvo pretendido”.

Pressão dos EUA e liderança de Iván Mordisco

As duas facções atacadas pelas Forças Armadas seriam lideradas por Iván Mordisco, considerado o criminoso mais procurado do país.

Críticos alegam que estas organizações cresceram durante a gestão de Petro, que buscou negociar a desmobilização dos grupos.

O presidente Petro, apesar de autorizar a ofensiva, mantém uma postura crítica em relação à política antidrogas americana. Ele afirma que as forças de segurança utilizam todos os recursos disponíveis para combater os grupos armados, ao mesmo tempo em que critica o governo dos EUA por não conseguir conter o consumo interno de drogas.

Petro também enfrenta um histórico de sanções e acusações dos Estados Unidos, aplicadas desde o governo Trump, que o acusou de não agir com rigor contra os cartéis de drogas, chegando a chamá-lo de “chefão do narcotráfico”.

Cooperação internacional em xeque

A complexa relação de cooperação com os EUA teve um momento de tensão recente. Na terça-feira, 11 de novembro, Petro anunciou a suspensão temporária do compartilhamento de informações com agências americanas, depois que ataques dos EUA a embarcações no Caribe e Pacífico deixaram pelo menos 80 criminosos mortos.

No entanto, dois dias depois, Petro reviu a decisão e garantiu a continuidade da cooperação internacional no combate ao narcotráfico.

Fonte: https://revistaoeste.com/mundo/ofensiva-militar-na-colombia-mata-28-guerrilheiros/

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