Luciano Huck é o novo dono do carbono de Apuí, no Sul do Amazonas

Quem diria? O apresentador mais “gente como a gente” da TV agora é dono do carbono do município de Apuí, no Sul do Amazonas.

Luciano Huck, por meio de sua empresa Future Climate, abocanhou um contrato milionário do governo do Amazonas para “salvar” 808 mil hectares de floresta.

Sem dúvida, é o capitalismo verde em sua versão global player: o artista que um dia distribuiu geladeira e motoca agora distribui créditos de carbono.

O negócio promete render R$ 390 milhões em 30 anos. Tudo isso em nome da sustentabilidade e com a vitória da COP30. A floresta agradece, e a caixa também.

Vereadores com preguiça de ir à Câmara trabalhar

Foto: Divulgação

Os vereadores de Manaus decidiram inovar: querem trabalhar de casa. A Mesa Diretora apresentou projeto que autoriza sessões virtuais e híbridas.

Uma justificativa? “Modernizar o regimento interno.” Um verdadeiro? Evite o trânsito da Avenida Constantino Nery e garanta mais tempo para “atividades externas”. Leia-se: campanha para 2026.

Agora, os nobres edis podem logar no Zoom, desligar câmera e microfone, e pronto: presença garantida! Tem manifestação na porta da Câmara? Sessão híbrida! O povo protesta? Sessão virtual! Modernidade é isso: menos suor, mais conforto e salário intacto. É o teletrabalho legislativo.

Plínio Valério desanca na COP30

Senador Plínio Valério – Foto: Wallace Martins/Estadão Conteúdo

Enquanto uns se encantam com discursos verdes, o senador Plínio Valério (PSDB-AM) não poupa ironia. Para ele, a COP de Belém é só mais um capítulo do grande teatro do clima com direito a promessas vazias, tapete vermelho e o baile de Janja que ninguém foi.

Plínio atirou para todos os lados: chamou o evento de “reunião de ONGs abastadas”, criticou Marina Silva e lembrou que a Amazônia real não está nas salas com ar-condicionado da COP, mas entre os 10 milhões de amazônidas que passam fome.

No fim o senador resumiu: “Nada, nada vai sair do papel.” E, pelo visto, ele tem razão.

Átila e a nova maternidade de Eirunepé

A prefeita de Eirunepé, Áurea Pinheiro, o deputado Átila Lins e o vice-prefeito, Amaurílio Tomaz – Foto: Divulgação

Decano da Câmara Federal, o deputado Átila Lins (PSD-AM) garantiu, via emendas parlamentares, recursos para uma maternidade moderna em Eirunepé, com UTI neonatal e materna.

A obra é símbolo do velho estilo Átila: discreto, eficiente e com foco no interior. Enquanto outros miram gostos e discursos, ele assina compromissos e entrega resultado.

Segundo um internauta, “em tempos de política performática, é bom ver quem ainda acredita no básico: trabalho e compromisso”.

Educação com sotaque amazônico

Uma vitória rara no Congresso: o “custo amazônico” entrou no Plano Nacional de Educação 2024–2034. Graças à colaboração de deputados como Átila Lins, Sidney Leite e Pauderney Avelino, o texto autorizado que educa na Amazônia custa mais, e precisa de tratamento diferenciado.

Logística cara, escolas isoladas e professores que cruzam rios valem mais que planilhas frias de Brasília.

Finalmente, o Norte foi ouvido. Que o reconhecimento vire recurso, e não mais um parágrafo decorativo no PNE.

IA a serviço da sética

Foto: Divulgação

A inteligência artificial deixou de ser ficção científica para virar aliada da Amazônia. Na COP30, Melanie Nakagawa, diretora global da Microsoft, mostrou como algoritmos podem ajudar a monitorar florestas, prever desmatamento e otimização de energia limpa.

Com IA, dá pra detectar vazamentos, mapear carbono e até fertilizar solo com rocha moída. A tecnologia, quando bem usada, é o novo motor da sustentabilidade. E o melhor: não promete salvar o planeta. Começa fazendo isso de forma concreta, linha por linha de código.

US$ 1 bilhão por cidades amazônicas

Ministra Simone Tebet – Foto: Divulgação

De Belém veio uma boa notícia: o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) anunciou uma linha de crédito de US$ 1 bilhão para cidades amazônicas que enfrentam eventos climáticos extremos.

A ministra Simone Tebet destacou que os recursos terão juros baixos e longos prazos. O objetivo é preparar as cidades para resistirem às enchentes e secas e, de quebra, gerarem empregos verdes.

Como disse o presidente do BID, Ilan Goldfajn: “Proteger as pessoas é a melhor maneira de preservar a floresta.” Tomara que, dessa vez, o dinheiro chegue onde o discurso nunca chega.

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