Porta-voz israelense dispara: “Sem derrotar o Hamas, não haverá paz no Oriente Médio”

Rafael Rozenszajn defende ações em Gaza e rebate acusações de genocídio

Rafael Rozenszajn é major das Forças de Defesa de Israel - Foto: Revista Oeste

O major Rafael Rozenszajn, porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI) em língua portuguesa, afirmou que a eliminação do Hamas é uma condição crucial para a paz duradoura no Oriente Médio. “O Hamas é o maior empecilho para a paz no Oriente Médio”, declarou ele em entrevista ao Arena Oeste nesta quinta-feira (6).

O militar, que nasceu no Rio de Janeiro e é neto de sobrevivente do Holocausto, também comentou sobre a estratégia de guerra de Israel e refutou as acusações de genocídio e de provocação de fome em Gaza. Rozenszajn é autor do livro A guerra de narrativas.

A guerra de narrativas e a desinformação

O major Rozenszajn argumentou que o conflito atual não se limita aos campos de batalha, sendo também uma “guerra de informação” e “guerra de narrativas”. Segundo ele, grandes veículos de imprensa “muitas vezes divulgam informações totalmente falsas contra Israel, a favor do Hamas”.

Diante disso, ele defendeu o uso das redes sociais como ferramenta para combater a desinformação, mencionando que “muitas portas na mídia tradicional são fechadas” para a sua perspectiva, e ressaltando a importância de “poder explicar, como estamos fazendo aqui”.

Resposta às acusações contra Israel

Sobre mortes de civis e genocídio Rozenszajn refutou a acusação de genocídio, utilizando dados que atribuiu ao próprio Hamas, os quais indicariam cerca de 60 mil mortes na Faixa de Gaza. Ele detalhou essas mortes, afirmando que:

  • Cerca de 25 mil seriam de integrantes do Hamas.
  • Cerca de 10 mil seriam mortes naturais.
  • Cerca de 20 mil seriam de civis.

Ele classificou a morte de civis como uma tragédia, mas acusou o Hamas de usá-las como estratégia. Para sustentar a defesa das ações de Israel, citou estimativas da ONU e da União Europeia, segundo as quais, em guerras urbanas, a proporção média seria de nove civis mortos para cada combatente. Com base nisso, questionou: “A pergunta não é como morrem tantos civis, e sim que mágica Israel faz para que morram tão poucos”.

Sobre a acusação de fome deliberada

O porta-voz também comentou as acusações de que Israel estaria provocando fome em Gaza. Ele afirmou que “entraram na Faixa de Gaza, nesses dois anos, mais de 2,5 milhões de toneladas de alimentos”, um volume que, segundo ele, superaria as necessidades da população local. Rozenszajn acusou o Hamas de confiscar e revender esses suprimentos para financiar suas operações, alegando que “o Hamas quer ver a população de Gaza com fome”.

Objetivos de guerra e futuro da paz

O major Rozenszajn detalhou os três objetivos claros do combate ao Hamas:

  1. Resgatar os reféns ainda sob poder do grupo.
  2. Remover o Hamas do comando político da região.
  3. Desmantelar a estrutura militar do grupo terrorista.

Ele afirmou que, com o alcance desses objetivos, “o Hamas será totalmente derrotado”.

Apesar do atual cessar-fogo, o major demonstrou ceticismo quanto a uma paz duradoura, citando uma pesquisa recente que aponta que “90% dos palestinos apoiam ainda o Hamas”. “Esperamos que essa ideia seja realmente trocada por uma ideia de paz, mas a curto prazo não sou otimista”, concluiu.

Fonte: https://revistaoeste.com/mundo/hamas-e-o-maior-empecilho-para-a-paz-no-oriente-medio-diz-major-de-israel/

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