
A recente prisão do policial civil Felipe Pinto Ferreira, de 45 anos, flagrado com cerca de 72 quilos de ouro ilegal em uma operação da Polícia Federal (PF) no Amazonas, levantou sérias dúvidas sobre a conduta e a legalidade da investigação anterior que envolveu o salão de beleza Belle Femme, administrado pela família de Djidja Cardoso.
Felipe Ferreira fazia parte da equipe que atuou no caso Belle Femme. Meses atrás, essa equipe realizou uma ação que resultou na condução coercitiva de familiares de Djidja e na apreensão de materiais no salão.
Durante aquela operação, as câmeras internas de segurança do estabelecimento flagraram o agente Felipe Ferreira desligando o disjuntor de energia, o que interrompeu o funcionamento do sistema de monitoramento.
Este episódio foi denunciado publicamente pelo Belle Femme em nota, que questionou o desaparecimento de celulares apreendidos e a suposta manipulação de provas. A prisão de Felipe agora, por envolvimento em um esquema milionário de ouro ilegal, coloca em xeque a integridade das ações conduzidas por essa equipe policial.
Felipe Ferreira e outros dois policiais civis foram detidos na última semana após uma operação conjunta que identificou o grupo transportando ouro sem comprovação de origem. A prisão reacende o debate sobre possíveis abusos e irregularidades em investigações no estado.
A defesa da família Cardoso e a pressão por revisão
Para a defesa de Cleusimar Cardoso e Ademar Cardoso, mãe e irmão de Djidja, respectivamente, a notícia da prisão do agente representa um marco.
- Fundamento para indignação: A defesa destaca que sempre denunciou “condutas suspeitas e o desaparecimento de provas”, e que “os fatos começam a mostrar que nossa indignação sempre teve fundamento”.
- Busca por justiça: A esperança é que a verdade seja restabelecida.
O caso Belle Femme ganhou grande repercussão, mas a defesa sempre sustentou que as acusações de associação ao tráfico de drogas careciam de materialidade concreta. Conforme a defesa, nenhuma substância ilícita, arma ou movimentação financeira irregular foi encontrada, e parte das provas foi considerada sem validade pericial.
Com a revelação do envolvimento de um dos agentes com o crime de ouro ilegal, cresce a pressão por uma revisão processual e por uma apuração rigorosa de todas as condutas envolvidas, tanto dos agentes públicos quanto das autoridades que participaram do caso.
Assessoria de comunicação: Rosianne Couto











