
A Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas (Adaf), em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (Idam), iniciou uma programação de educação sanitária em Presidente Figueiredo (a 117 km de Manaus).
O objetivo é evitar a entrada e a disseminação da praga conhecida como vassoura-de-bruxa da mandioca, que atualmente está ausente no estado, mas que já foi confirmada nos estados vizinhos do Pará e Amapá.
Foco na conscientização dos produtores
A programação de conscientização ocorrerá entre os dias 14 e 17 de outubro, e é direcionada a todos os atores do setor primário, incluindo agricultores, técnicos, líderes indígenas e profissionais de ensino.
Agenda e locais:
- Reunião de Abertura (14/10): A partir das 8h, no auditório do Sebrae de Presidente Figueiredo, a equipe da Adaf fará um encontro com agricultores e técnicos.
- Dia de Campo (16 e 17/10): A ação se deslocará para a Ilha do Natan, na comunidade Rumo Certo, para levar informações práticas sobre os sintomas da praga e as medidas preventivas.
O engenheiro agrônomo da Adaf, Acássio Eugênio, destacou a relevância: “Estaremos em contato com os agricultores, visitaremos plantações e o intuito é conscientizar o máximo de agricultores sobre essa nova praga que entrou no país e que não está presente no Amazonas.”
Ameaça à mandiocultura regional
A vassoura-de-bruxa da mandioca, causada por um fungo, é uma ameaça séria, pois a cultura da mandioca é vital para a economia e a alimentação na Região Norte, com destaque para comunidades indígenas. A doença é facilmente identificada por deixar os ramos das plantas secos e deformados, com uma aparência semelhante a uma vassoura.
Instruções diretas para os agricultores
A Adaf reforça a necessidade de medidas preventivas rigorosas e alerta para a notificação imediata em caso de suspeita:
- Proibição de Transporte: É crucial não transportar materiais de propagação (sementes, manivas, etc.), especialmente vindos dos estados do Amapá e Pará, para o Amazonas.
- Em Caso de Suspeita: A recomendação é não realizar a coleta de material por conta própria. O agricultor deve notificar a Adaf imediatamente.
Canal de Contato da Adaf: Telefone (92) 99390-1750.
Acássio Eugênio explica o procedimento: “Orientaremos os agricultores sobre os sintomas da praga para que, se eles identificarem algo parecido nas suas propriedades, notifiquem o quanto antes a Adaf para que possamos ir nas suas plantações e realizar as medidas fitossanitárias cabíveis.”
Preparo técnico:
Para garantir a eficácia do trabalho, técnicos da Adaf receberam, em 8 de outubro, um treinamento específico da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). O encontro foi comandado pelo fitopatologista Hermínio Souza Rocha e focou no reconhecimento dos sintomas e na coleta correta de materiais para envio a laboratório credenciado.