O bruxismo, hábito de apertar ou ranger os dentes, deixou de ser um problema restrito a adultos. Cada vez mais, dentistas recebem em seus consultórios adolescentes e até crianças com sinais claros da condição. Esse aumento preocupa, pois o distúrbio pode causar dores, desgastar os dentes e até prejudicar a articulação da mandíbula.
Uma das principais causas apontadas é o estresse. A rotina corrida da escola, as pressões sociais e o excesso de estímulos vindos de telas contribuem para que muitos jovens descarreguem a tensão durante o sono, apertando os dentes sem perceber. Além disso, o uso prolongado de computadores e celular pode gerar má postura, o que também influencia na musculatura da face e pode piorar o quadro.
Os sintomas mais comuns do bruxismo são dor de cabeça frequente, estalos na mandíbula, desgaste dos dentes, sensibilidade dental e dificuldade para abrir ou fechar a boca. Em adolescentes, muitas vezes os pais notam que os filhos rangem os dentes à noite, emitindo um som característico.
O tratamento varia de acordo com a gravidade. Em muitos casos, o dentista recomenda o uso de uma placa de proteção, feita sob medida, que evita o desgaste dos dentes durante o sono. Também pode ser indicada fisioterapia para a musculatura da face, além de acompanhamento psicológico quando o estresse é o principal gatilho.
A prevenção passa por hábitos simples como reduzir o tempo de telas (celulares e computadores), praticar atividades físicas, manter uma rotina de sono adequada e buscar formas saudáveis de lidar com a ansiedade. Consultas regulares ao dentista são fundamentais para identificar precocemente o problema e evitar complicações.
O bruxismo não deve ser tratado como um simples hábito de ranger os dentes. Em jovens, pode comprometer não só a saúde bucal, mas também o bem-estar físico e emocional. Quanto mais cedo o diagnóstico e o tratamento, maiores as chances de evitar danos permanentes e melhorar a qualidade de vida.
