Um novo e importante projeto de combate à desinformação está em andamento na capital amazonense. O “Observatório da Desinformação e Discursos de Ódio”, uma iniciativa da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), foi apresentado na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) pelo professor Rafael Hoff e pelo deputado Wilker Barreto. O objetivo é criar uma ferramenta tecnológica para rastrear e combater a disseminação de notícias falsas e de discursos de ódio.
Como o Observatório vai funcionar?
O projeto vai usar tecnologia para monitorar a desinformação em ambientes digitais, com foco inicial em quatro áreas principais:
- Meio Ambiente: Combater notícias falsas que afetam a Amazônia.
- Discurso de Ódio: Identificar e coibir conteúdos que promovem o ódio.
- Mercado de Trabalho: Acompanhar informações que podem impactar a economia.
- Eleições: Ser uma ferramenta crucial para garantir a lisura e a transparência nas eleições, especialmente em 2026.
Segundo o professor Rafael Hoff, o objetivo é que o conhecimento técnico-científico produzido nas universidades seja usado para beneficiar a sociedade. O projeto também atuará em parceria com organizações públicas e privadas para oferecer laudos e informações que ajudem a combater crimes digitais.
“Temos eixos de trabalho como meio ambiente, discurso de ódio e mercado de trabalho e também eleições como eixos primários. Mas na medida em que a própria sociedade nos oferece denúncias, busca com a gente informações e laudos técnicos sobre fake news, a gente também investe em outras frentes. Tudo isso para oferecer à sociedade um pouco do conhecimento técnico-científico que é produzido na universidade e não pode ficar lá parado, engavetado, escondido dentro desse ambiente acadêmico”, declarou o professor doutor Rafael Hoff.
Por que o projeto é importante?
A iniciativa dialoga diretamente com a Lei Estadual nº 6.386/2023, de autoria do deputado Wilker Barreto, que já prevê medidas contra a desinformação. O Observatório surge como uma ferramenta tecnológica de baixo custo para colocar essa lei em prática.
Para tirar a ideia do papel, vários deputados da Aleam se uniram para garantir o financiamento necessário. O deputado Wilker Barreto, juntamente com Felipe Souza, Roberto Cidade e Alessandra Campelo, concordaram em destinar um total de R$ 200 mil (R$ 50 mil de cada parlamentar) por meio de emendas. O dinheiro será direcionado à UEA para a compra dos equipamentos.
Os parlamentares destacaram a urgência de implementar o projeto ainda em 2025 para que ele já possa ser usado como um instrumento fundamental para as eleições de 2026. “A sociedade tem pressa em saber a verdade das coisas”, afirmou a deputada Alessandra Campelo, reforçando a importância de o conhecimento acadêmico ser aplicado para resolver problemas reais da população.
Assessoria de comunicação: Beatriz Souza (DRT/AM 2185)
