
Um terremoto de magnitude 8.8 abalou o extremo leste da Rússia na manhã desta quarta-feira (30), horário local, desencadeando um tsunami na península de Kamtchatka. O epicentro foi localizado a cerca de 125 km a sudeste de Petropavlovsk-Kamchatsky, no mar. O abalo foi sentido em países a dezenas de quilômetros de distância, como o Japão e o Havaí, levando autoridades russas a emitirem alertas sobre o risco de ondas destrutivas em diversos países banhados pelo Oceano Pacífico. Moradores de Kanatski, uma cidade com 165 mil habitantes, relataram o início do tremor.
O governo russo informou que um tsunami perigoso atingiu a costa de Kamtchatka, com ondas alcançando até 4 metros de altura. Em resposta, parte da população foi evacuada de suas residências para garantir a segurança. O governador regional, Vladimir Solodov, relatou que o terremoto causou danos materiais significativos e que várias pessoas sofreram ferimentos leves, inclusive em um aeroporto local.
Nos Estados Unidos, alertas foram emitidos para possíveis ondas perigosas no Japão e no Havaí, onde o governo ordenou a evacuação das áreas costeiras. Em Waikiki, sirenes soaram nas praias, e salva-vidas orientaram banhistas a buscarem locais seguros.
No Japão, a agência meteorológica colocou toda a costa leste sob alerta, e muitos moradores buscaram abrigo em uma base do corpo de bombeiros. Em uma medida preventiva, funcionários foram retirados da usina nuclear de Fukushima, que em 2011 foi palco de um desastre nuclear. A situação gerou preocupação, pois a Academia de Ciências da Rússia afirmou que, desde então, não havia sido registrado um terremoto de tal magnitude na região. As autoridades locais e internacionais continuam a monitorar a situação de perto, avaliando os danos e coordenando esforços de socorro. A prioridade é garantir a segurança das populações afetadas e minimizar os impactos do desastre natural.