Países têm até 1º de agosto para evitar novas tarifas dos EUA, alerta Trump

O Brasil está na lista de mercados a serem afetados pelas novas alíquotas anunciadas na semana passada pelo presidente dos Estados Unidos

Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump - Foto: EFE/EPA/KENT NISHIMURA / POOL

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enviou cartas a 24 países e à União Europeia (UE) nos últimos dias, ameaçando impor tarifas mais altas caso não haja acordos comerciais fechados até 1º de agosto. As novas taxas variam em relação às anunciadas em abril, quando Trump apresentou um plano de tarifas “recíprocas”. Desde então, a maioria dos países já enfrenta uma tarifa mínima de 10% sobre importações, além de outras medidas setoriais.

Confira, abaixo, a situação de cada país e da UE em relação às novas tarifas de Trump:

  • Brasil: Tarifa de 50%, afetando petróleo, produtos de ferro, café e suco de fruta. Presidente Luiz Inácio Lula da Silva cogita acionar lei de reciprocidade econômica.
  • Myanmar: Tarifa de 40% (redução de 44% de abril), para roupas, artigos de couro e frutos do mar. Governo militar buscará negociações.
  • Laos: Tarifa de 40% (abaixo dos 48% de abril), impactando sapatos, móveis de madeira, componentes eletrônicos e fibra óptica.
  • Camboja: Tarifa de 36% (redução de 49% de abril), para produtos têxteis, roupas, calçados e bicicletas. Negociador Sun Chanthol busca nova rodada de negociações.
  • Tailândia: Tarifa mantida em 36% (desde abril), afetando peças de computador, produtos de borracha e pedras preciosas. O vice-primeiro-ministro Pichai Chunhavajira pressiona por negociações.
  • Bangladesh: Tarifa de 35% (abaixo dos 37% de abril), principalmente para produtos de vestuário. O conselheiro Salehuddin Ahmed espera negociar um resultado melhor.
  • Canadá: Tarifa deve afetar petróleo e derivados, carros e caminhões. O primeiro-ministro Mark Carney trabalha por um acordo comercial.
  • Sérvia: Tarifa de 35% (abaixo dos 37% de abril), para software, serviços de TI e pneus.
  • Indonésia: Tarifa mantida em 32% (desde abril), para óleo de palma, manteiga de cacau e semicondutores.
  • Argélia: Tarifa de 30%, afetando petróleo, cimento e produtos de ferro.
  • Bósnia e Herzegovina: Tarifa de 30% (abaixo dos 35% anteriores), incluindo armas e munições.
  • União Europeia: Tarifa de 30% (acima dos 20% de abril, mas abaixo dos 50% ameaçados), impactando medicamentos, automóveis, aeronaves, produtos químicos, instrumentos médicos e bebidas alcoólicas. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, está disposta a negociar e a aplicar contramedidas.
  • Iraque: Tarifa de 30% (menor que os 39% de abril), principalmente para petróleo e derivados.
  • Líbia: Tarifa de 30% (ligeiramente abaixo dos 31% de abril), para derivados de petróleo.
  • México: Tarifa subirá para 30% (era 25%), para veículos, peças automotivas, petróleo, caminhões, computadores e produtos agrícolas.
  • África do Sul: Tarifa mantida em 30% (desde abril), para platina, diamantes, veículos e autopeças. A Presidência sul-africana busca um relacionamento comercial mais equilibrado.
  • Sri Lanka: Tarifa de 30% (abaixo dos 44% de abril), para vestuário e produtos de borracha.
  • Brunei: Tarifa subirá para 25% (1 ponto percentual acima), para combustíveis minerais e equipamentos de maquinário.
  • Moldávia: Tarifa de 25% (abaixo dos 31% de abril), para suco de frutas, vinhos, roupas e produtos plásticos.
  • Japão: Tarifa de 25% (leve alta dos 24% de abril), para automóveis, peças automotivas e eletrônicos. O primeiro-ministro Shigeru Ishiba lamenta a medida, mas reitera compromisso com negociações.
  • Cazaquistão: Tarifa de 25% (abaixo dos 27% iniciais), para petróleo, urânio, ferroligas e prata.
  • Malásia: Tarifa de 25% (ante os 24% de abril), para eletrônicos e equipamentos elétricos. O governo malaio agendou reunião ministerial para buscar negociações.
  • Coreia do Sul: Tarifa permanece em 25%, para veículos, máquinas e eletrônicos. O Ministério do Comércio sul-coreano acelerará negociações.
  • Tunísia: Tarifa de 25% (abaixo dos 28% anteriores), para gorduras animais e vegetais, roupas, frutas e nozes.
  • Filipinas: Tarifa de 20% (leve alta dos 17% anteriores) a partir de 1º de agosto, para eletrônicos, maquinário, roupas e ouro.

Fonte: https://revistaoeste.com/mundo/tarifas-de-trump-veja-os-principais-produtos-afetados-mundo-afora/

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