Amazonas avança no Mercado Livre de Energia com 655 unidades consumidoras

Crescimento da modalidade garante economia na conta de luz, isenção de bandeiras tarifárias e contribuição para a preservação ambiental

Foto: Divulgação

O Amazonas tem se mostrado um polo promissor para o Mercado Livre de Energia (MLE), modalidade que permite aos consumidores escolherem seus fornecedores de eletricidade. Segundo o Boletim da Energia Livre de junho de 2025, da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), a Região Norte já soma 3.193 unidades consumidoras no MLE até abril deste ano, sendo 655 apenas no Amazonas.

Essa expansão representa uma mudança significativa para a economia dos consumidores e para a sustentabilidade ambiental. Diferente do mercado cativo, o MLE permite a contratação de fontes renováveis — como energia solar, eólica e pequenas centrais hidrelétricas — contribuindo para a redução da emissão de gases poluentes.

Marcelo René, diretor-geral da Energy Libra e especialista em transição energética, avalia que o mercado livre é um instrumento fundamental para a transformação do setor elétrico. “O Amazonas tem um setor industrial crescente, centros urbanos em expansão e o agronegócio em desenvolvimento. Todos os setores com demanda significativa de energia. O estado se torna cada vez mais viável para contratos no ambiente livre”, afirma.

Potencial inexplorado e benefícios para o Estado

diretor-geral da Energy Libra, Marcelo René – Foto: Divulgação

Apesar do crescimento, grande parte da energia consumida no Amazonas, especialmente no interior, ainda vem de termelétricas movidas a óleo diesel. No entanto, o estado possui condições ideais para ampliar o uso da energia solar, dada a alta incidência de radiação solar durante todo o ano.

“O avanço do MLE no Amazonas é urgente. A transição para fontes renováveis não é apenas uma questão de economia, mas de protagonismo na proteção ambiental”, destaca Marcelo René.

Mais economia, menos carbono

Dados da Abraceel apontam que o mercado livre já absorve mais de 60% da produção das usinas de energia renovável no país. Isso demonstra uma crescente preferência dos consumidores por energia limpa, o que diminui a dependência de fontes poluentes.

“Quando se opta por energia limpa no mercado livre, evitam-se emissões de CO₂ de fontes como termelétricas a carvão ou óleo. Ou seja, é uma alternativa essencial que ajuda a frear a crise climática”, reforça Marcelo.

Além dos ganhos ambientais, o MLE oferece aos consumidores a isenção das bandeiras tarifárias, que elevam o custo da conta de luz no mercado regulado. Este benefício torna a modalidade ainda mais atraente em regiões com desafios logísticos, como o Amazonas.

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