Expedição artística pela Amazônia: festival inédito une teatro e saberes da floresta

Foto: Divulgação

Ministério da Cultura, Entre Mundos, Academia Amazônia Ensina e BASF apresentam: Virada Amazônica – onde a arte e a sustentabilidade se encontram para contribuir na formação de crianças, jovens e adultos.

Comunidades ribeirinhas do Rio Negro receberão espetáculos premiados e oficinas de formação artística em um intercâmbio cultural. A 1ª Virada Amazônica será realizada de 4 a 13 de julho, levando arte e sustentabilidade a Manaus e às populações de comunidades da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Rio Negro.

A Virada Amazônica surge como desdobramento de uma relação de mais de dez anos entre artistas, educadores, ambientalistas e comunidades amazônicas. Em 2023, após uma experiência piloto bem-sucedida, o projeto ganhou forma e agora se concretiza como uma grande mobilização cultural que une arte, educação e sustentabilidade.

“Sentimos a importância desse trabalho e da liderança das comunidades. Para muitos moradores, será a primeira vez que assistirão a um espetáculo teatral, devido à logística inacessível da região. Por isso, estabelecemos parcerias com as comunidades para democratizar o acesso à arte”, explica Laura Tezza, idealizadora da Virada Amazônica e diretora executiva.

O projeto é resultado da parceria entre a Academia Amazônia Ensina (Acae), localizado em Manaus/AM, e a Entre Mundos Produções Artísticas, com correalização da Trupe Ave Lola, de Curitiba/PR. A iniciativa busca levar espetáculos de referência às comunidades ribeirinhas, e também promover um intercâmbio cultural genuíno, com oficinas formativas e trocas de saberes.

Programação diversificada em Manaus e comunidades ribeirinhas

A programação inclui 11 apresentações teatrais nacionais, que ocorrerão tanto no Teatro Amazonas, em Manaus, quanto nas comunidades do Tumbira e Santa Helena do Inglês, localizadas na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Rio Negro, a cerca de 1h20 de lancha rápida da capital amazonense.

“A Virada Amazônica traz educação cultural e conhecimento para nosso povo tradicional, que antes não tinha acesso a essas oportunidades. A arte é de extrema importância nas comunidades porque transforma nossas crianças e jovens por meio do conhecimento. Este projeto nos permite não apenas assistir, mas também aprender por meio do teatro, oficinas e palestras, ajudando na formação de cidadãos de bem”, conta Nelson Brito, presidente da Comunidade Santa Helena do Inglês.

Entre os destaques está o premiado espetáculo “Manaós – Uma Saga de Luz e Sombra”, da Trupe Ave Lola, que abre a programação nos dias 4, 5 e 6 de julho no Teatro Amazonas. A peça, que recebeu diversos prêmios nacionais, retrata a Manaus de 1911, durante o ciclo da borracha, por meio da história de três mulheres de povos distintos.

“Estamos honrados em apresentar ‘Manaós’ na Virada Amazônica, um espetáculo que construímos com profundo carinho sobre uma região que me constitui como pessoa. Tendo sido criada no Acre, trago na minha essência o universo da floresta, dos rios e das chuvas vastas. Com uma linguagem popular, acessível e divertida, queremos compartilhar essas realidades amazônicas que são parte fundamental do Brasil. A Trupe Ave Lola está radiante com a oportunidade de se encontrar com o público manauara neste importante projeto que conecta o sul e o norte do país”destaca Ana Rosa, diretora do espetáculo e da Ave Lola.

Nas comunidades ribeirinhas, serão apresentados os espetáculos “As Cores da América Latina”, do Panorando Cia. e Produtora, de Manaus, a estreia de “Romeu e Julieta” e “Capivaras Rebeldes”, ambos do Ave Lola. As apresentações serão gratuitas para os moradores locais.

“Recebemos o projeto Virada Amazônica com grande entusiasmo, pois ele é de suma importância para a comunidade de Tumbira, e para toda a Amazônia, trazendo arte e cultura para dentro da floresta. A arte fortalece a educação com oficinas e espetáculos, ampliando o conhecimento de cada pessoa e enriquecendo nossas comunidades com novas experiências culturais”, completa William Soares Mendes, presidente da Comunidade do Tumbira.

Além das apresentações, a Virada Amazônica oferecerá três oficinas gratuitas para crianças e jovens das comunidades: Interpretação Teatral e Dança, ministrada por Helena Tezza e Ane Adade; Música para Teatro, com Arthur Jaime e Breno Monte Serrat; e Escrita Criativa, conduzida por Ana Rosa Genari Tezza.

“Nosso trabalho não se limita à formação artística e criativa, mas também busca desenvolver o senso crítico e reflexivo. A sustentabilidade está intrinsecamente ligada ao fazer artístico e ambiental”, destaca Maria Eugênia Tezza, idealizadora da Virada Amazônica e diretora de produção.

O projeto também promoverá o evento “Norte e Sul: encontro entre trupes e artistas”, um intercâmbio entre artistas da Amazônia e de outras regiões do Brasil, fortalecendo redes e criando pontes entre experiências culturais diversas.

Impacto social e cultural

A Virada Amazônica pretende impactar mais de 6.000 pessoas diretamente, envolvendo mais de 30 artistas, produtores e técnicos na expedição à Amazônia, além de gerar emprego para mais de 150 pessoas direta e indiretamente.

“Desde 2015, quando iniciamos esse trabalho na região, percebemos o desejo enorme de democratizar o acesso à arte. É muito caro para os moradores se deslocarem até Manaus, por isso levamos espetáculos de referência até eles. O vínculo que criamos ao longo desses anos contribui para a formação artística e humana de todos os envolvidos”afirma Dara van Doorn, idealizadora da Virada Amazônica e diretora de produção.

O projeto também incluirá a gravação de podcasts com líderes das comunidades, dando voz aos saberes locais e à proteção da floresta amazônica, além da produção de um documentário que registrará todo o festival.

A Virada Amazônica é um projeto viabilizado por meio da Lei de Incentivo à Cultura, com patrocínio da BASF e realização da Academia Amazônia Ensina (Acae), Entre Mundos Produções Artísticas, Ministério da Cultura e Governo Federal – União e Reconstrução. Conta com a correalização da Trupe Ave Lola, e o apoio institucional da Árvore Alta Realizações Artísticas, Instituto Amazônia Ensina, ACS Rio Negro, Federação de Teatro do Amazonas (FETAM), Fundação Amazônia Sustentável (FAS), Agência Amazonense de Desenvolvimento Cultural (AADC), Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa e Governo do Estado do Amazonas.

“Para  a BASF, aportar recursos em um projeto cultural que beneficia as comunidades ribeirinhas da Amazônia é uma escolha estratégica. Além de assistir aos espetáculos, moradores de duas comunidades terão acesso a aulas sobre atividades teatrais e de música. O que nos grandes centros as populações têm acesso com maior facilidade, para eles é um acontecimento”, explica Ivânia Palmeira, consultora de engajamento social da empresa.

Mais informações no Instagram @virada.amazonica ou no site viradaamazonica.com.br

NÚMEROS DO PROJETO

    • 11 apresentações teatrais nacionais em Manaus e comunidades ribeirinhas
    • 3 oficinas de formação teatral para crianças e jovens das comunidades ribeirinhas
    • Mais de 6.000 pessoas impactadas pelo projeto
    • Mais de 30 pessoas em expedição na Amazônia (artistas, produtores e técnicos)
    • Mais de 150 pessoas empregadas direta e indiretamente pelo projeto

Assessoria de comunicação: Taísa Rodrigues e Ciléia Pontes

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