Nos últimos anos, cozinhar em casa deixou de ser apenas uma necessidade para se tornar também um hábito valorizado por quem busca mais saúde, economia e autonomia na rotina. De acordo com uma pesquisa global da marca de eletrodomésticos Beko, o Brasil lidera o ranking de tempo gasto na cozinha: em média, são 13 horas por semana dedicadas ao preparo de refeições – o dobro da média mundial, que é de 6,5 horas.
O hábito, fortalecido durante a pandemia, segue firme mesmo com a reabertura de bares e restaurantes. Segundo levantamento da Opinion Box, em parceria com a MindMiners, 71% dos brasileiros afirmam cozinhar com frequência.
Mas, para quem está começando, os primeiros passos podem parecer desafiadores. Falta de prática, insegurança com utensílios e medo de errar são barreiras comuns. Ainda assim, especialistas garantem que é possível tornar a experiência mais leve e eficiente.
Com algumas orientações básicas, o processo de aprendizado pode se transformar em algo prazeroso e recompensador – e com o tempo, até automático.
Receitas simples
- O ideal é iniciar com pratos de fácil execução e poucos ingredientes. Receitas como arroz, ovos mexidos, legumes cozidos ou massas com molhos rápidos ajudam a desenvolver familiaridade com o ambiente da cozinha e a criar uma base sólida de habilidades. Esses preparos também permitem entender como os alimentos se comportam durante o cozimento, o que é essencial para evoluir com segurança.
Leitura prévia
- Um erro comum de iniciantes é começar a cozinhar antes de entender todo o processo. Ler a receita completa antes de colocar a mão na massa evita surpresas, como a ausência de um ingrediente essencial ou a necessidade de algum preparo antecipado. Além de evitar contratempos, esse hábito contribui para uma cozinha mais organizada e funcional.
Instruções
- No início, seguir as medidas e as etapas exatamente como estão descritas na receita é uma estratégia inteligente. Isso permite compreender a lógica por trás de cada preparo e aumenta as chances de obter um bom resultado logo nas primeiras tentativas. Aos poucos, essa prática abre espaço para adaptações, substituições e até mesmo criações autorais – mas tudo isso vem com a experiência.
Utensílios básicos
- Não é necessário montar uma cozinha profissional logo de cara. Com poucos itens bem escolhidos, já é possível cozinhar com eficiência e segurança. Uma faca afiada, uma tábua de corte, uma panela antiaderente e alguns potes com tampa fazem grande diferença na rotina. Ter os instrumentos certos reduz o esforço, agiliza o processo e ajuda a evitar acidentes.
Fogo e tempo
- Temperatura e tempo são elementos centrais na cozinha. Refogados e molhos, por exemplo, pedem fogo baixo e paciência. Já carnes grelhadas ou líquidos em ebulição exigem calor mais intenso. Saber quando usar cada tipo de chama é uma habilidade que se desenvolve com a prática, mas usar cronômetros e timers no início é um recurso valioso para ganhar precisão e confiança.
Micro-ondas
- Muitas vezes visto apenas como um eletrodoméstico para esquentar comida pronta, o micro-ondas pode ser um grande aliado de quem está começando. Ele permite descongelar alimentos com segurança, cozinhar legumes no vapor e até preparar receitas simples com mais rapidez. Usado de forma criativa, economiza tempo e amplia as possibilidades na cozinha do dia a dia.
Erros e acertos
- Não existe aprendizado sem erro – e com a cozinha, não é diferente. Queimar o arroz ou exagerar no sal faz parte da curva de aprendizado. A prática constante leva à familiaridade com ingredientes, utensílios e técnicas, e transforma o que antes parecia complicado em rotina. Cozinhar não exige perfeição, mas disposição para tentar, observar e repetir. É um processo que envolve paciência, curiosidade e, acima de tudo, o prazer de criar algo com as próprias mãos.
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