Neste 25 de maio, Dia do Trabalhador Rural, o Fundo de Promoção Social e Erradicação da Pobreza (FPS) ressalta as iniciativas implementadas desde 2019 para impulsionar e atualizar as associações agrícolas, visando aprimorar e simplificar a atividade daqueles que dependem da produção rural para obter sustento.
Um dos exemplos é a Associação Comunitária e Produtores Rurais São João, localizada no município de Manacapuru (a 68 quilômetros de Manaus), que recebeu um investimento de R$229.980. A instituição foi beneficiada com tratoritos, triturador, fornos, podadores, casas de farinha, perfuradores de solo, além de outros equipamentos e materiais permanentes que, segundo os produtores, transformaram a rotina de produção local.
Moradora da comunidade, a trabalhadora rural Flávia Souza e sua família produzem maracujá e a polpa do fruto no sítio em que moram, desde 2018. O cultivo, além de ser uma fonte de renda, representa uma conexão direta com o alimento que chega à mesa dos amazonenses.
Aos 37 anos, Flávia conta que o trabalho diário é desafiador e cansativo, mas que também se torna algo a ser apreciado por eles. “A gente precisa trabalhar. É um processo cansativo, mas é gratificante. Somos nós que levamos esse alimento até a mesa dos consumidores”, diz a produtora com orgulho. Em abril deste ano, a colheita de maracujá da cultivadora chegou a três toneladas.
Apesar das dificuldades, os frutos do trabalho irão aparecer aos poucos. Segundo Flávia, ainda que de forma lenta, a produção ainda irá proporcionar algumas conquistas pessoais. “Ainda estamos no processo, a gente vai trabalhando aos poucos para ter o nosso ganho e é uma satisfação sermos produtores”, frisou.
Assim como a Flávia, Janete Nascimento também trabalha na Comunidade São João e produz, através da agricultura familiar, pepino, pimentão, maxixe, tomate-cereja, coentro, entre outros. Apesar de aposentada aos 58 anos de idade, a trabalhadora conta que ser produtora rural é muito gratificante. Janete divide as funções na produção com seu marido, filho e nora. O filho fica responsável por vender os produtos nas feiras da Agência de Desenvolvimento Sustentável (ADS), e é através disso que a família garante a sua renda.
A produtora começou a trabalhar aos 8 anos de idade, com seu tio e sua avó, e afirma que começou a ter apreço pela profissão desde essa época. Em 2024, foram colhidas quatro toneladas de pepinos da agricultura de Janete e sua família e neste ano, ainda em cultivo, a família espera colher aproximadamente duas toneladas.
A produtora ainda agradece o incentivo do Fundo de Promoção Social e Erradicação da Pobreza (FPS) que contribuem para o seu trabalho no campo. “É bom demais, é uma ajuda boa que a gente teve porque no início era mais difícil. Era manual e agora está mais prático e mais fácil”, enfatiza.
Histórias como a de Flávia e Janete ressaltam a importância dos pequenos produtores, que enfrentam desafios diários para garantir o alimento fresco e saudável que abastece feiras, mercados e a vida de tantas famílias no Amazonas e em todo o Brasil.
