
Os cães-guia são mais do que companheiros fiéis. Eles são considerados como cães de serviço, pois trabalham o tempo todo seguindo a rotina da pessoa que necessita. São os olhos de muitos e sua importância vai além da função prática: eles proporcionam liberdade, segurança e independência aos seus tutores. Mas, para que esse trabalho seja realizado com excelência, uma série de cuidados e um treinamento rigoroso são fundamentais.
A médica veterinária e coordenadora do curso de Medicina Veterinária da Faculdade Anhanguera, Nayma Picanço, explica como esses animais são preparados para exercer seu papel e compartilha dicas importantes para manter sua saúde e eficiência ao longo do tempo. “Tudo começa desde os primeiros meses de vida. Os filhotes são socializados em lares voluntários, onde aprendem a conviver com diferentes ambientes, sons e pessoas. Entre os 12 e 18 meses, eles vão para centros de treinamento especializados”, explica Nayma.
Nessa fase, o cão aprende comandos específicos, como desviar de obstáculos, parar em degraus ou guiar o tutor em linha reta. “O processo de treinamento dura de 6 a 12 meses e inclui avaliações rigorosas. Apenas cerca de 30% dos cães iniciados chegam a se tornar guias”, detalha.
Quanto aos cuidados veterinários a especialista explica que é preciso atenção. “Eles trabalham por anos, então qualquer alteração ortopédica, visual, auditiva ou comportamental pode comprometer seu desempenho e a segurança do tutor”, alerta.
Ela ressalta que o bem-estar físico e emocional do cão deve ser prioridade. “Consultas regulares, manejo sanitário e profilático dos animais, alimentação balanceada, descanso adequado e estímulos positivos são fundamentais para manter a motivação e a eficiência do animal”. A médica veterinária dá cinco dicas para garantir a autonomia e saúde do cão-guia:
1 – Respeite os períodos de descanso
O cão-guia precisa de tempo livre para brincar e relaxar. Evitar o excesso de trabalho é essencial para prevenir o estresse e o desgaste físico.
2 – Mantenha a rotina de exercícios e passeios
Caminhadas regulares ajudam na manutenção da saúde física e estimulam mentalmente o animal. Sempre sob orientação do tutor, esses momentos reforçam a parceria e a obediência.
3 – Evite distrações durante o trabalho
“Jamais acaricie ou ofereça petiscos a um cão-guia em serviço. Ele está concentrado e qualquer distração pode gerar riscos ao tutor”, alerta a veterinária.
4 – Alimente com ração de qualidade e no horário certo
A nutrição afeta diretamente a disposição e a saúde do animal. A alimentação deve ser adequada ao porte, idade e nível de atividade do cão.
5 – Fique atento a sinais de desconforto ou mudança de comportamento
Alterações no comportamento, como relutância em guiar, cansaço excessivo ou irritação, podem indicar problemas de saúde ou desgaste emocional.
Além do respeito e cuidado no dia a dia, Nayma Picanço lembra da importância da conscientização social. “As pessoas precisam entender que o cão-guia está trabalhando. Respeitar seu espaço e o do tutor é uma forma de inclusão e empatia”, finaliza a veterinária.
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